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Observar é o primeiro passo para conhecer. Se você não tivesse visão, tato, paladar, audição e olfato, o que você poderia conhecer do universo? Não poderia conhecer nada, pois você não teria acesso a nenhum tipo de informação sobre o universo. Mesmo que o universo estivesse ao seu redor, mesmo que você estivesse contido no universo, sem a capacidade de observar, você não conheceria nada do universo, seria como se o universo não existisse para você. Na terminologia científica, observar é medir. Todo conhecimento produzido pela ciência tem origem na medição. Os cientistas usam diversas ferramentas para medir as coisas e o comportamento das coisas, para observar as coisas e o comportamento das coisas. Só depois da observação e coleta de dados, começa a fase da produção do conhecimento científico.

Sem observação é impossível produzir conhecimento, isso é óbvio. Porém, tem algo que também é óbvio, mas que passa desapercebido para você e para a maioria dos seres humanos, inclusive dos cientistas. Que algo é esse? Sem observador é impossível existir observação. Observar só é possível porque existe um observador observando. É a existência do observador que possibilita a observação. Isso também deveria ser óbvio para você e para todos os seres humanos. Só que não é. Pelo contrário, essa obviedade é ignorada pela maioria dos seres humanos, inclusive pelos seres humanos mais inteligentes do planeta. E é essa ignorância que dá origem ao paradigma materialista da existência. Paradigma no qual está alicerçado todo conhecimento humano.

Despertar para o óbvio de que observar só é possível porque existe um observador observando é fundamental para a prática da ciência e produção de conhecimento científico. Porém, é mais fundamental ainda para a prática da autociência e produção de conhecimento autocientífico (autoconhecimento). Vou fazer um paralelo da ciência com a autociência para explicar o problema de ignorar o observador na produção de autoconhecimento.

A prática da ciência é feita através da observação e a prática da autociência é feita através da autoobservação. Então, na observação científica, por mais que o cientista ignore que ele é o observador, ele entende que não é o observado. Por exemplo, quando um cientista está observando um grão de areia, ele entende que o grão de areia não é ele, que o grão de areia é o objeto observado. Então, mesmo com pouca lucidez, a divisão observador e observado acontece na prática da ciência e produção de conhecimento científico.

Essa divisão entre observador e objeto observado é fundamental na ciência, mas é mais fundamental ainda na autociência. Porém, não acontece na prática da autociência. E por que não acontece? Porque você ignora o observador que você é. E por que você ignora? Porque sua observação não consegue observar sua observação.

Assim como sua visão não vê sua visão, mas vê apenas os objetos físicos, sua consciência também não vê sua consciência, vê apenas os objetos psicológicos, como lembranças, imaginações, pensamentos, sentimentos e emoções. Por ignorar o observador que você é, você se confunde com o observado, você se confunde com suas imaginações, lembranças, pensamentos, sentimentos e emoções. Você passa a acreditar que você é tudo isso que você está experimentando. De certa forma, você é sim tudo que você está experimentando (observando), mas existe também uma divisão entre observador (ser) e observado (estado). Quando você observa sua febre, por exemplo, a febre está em você, mas a febre não é você. A febre em você acontece (começa e termina). Você não acontece, você não começa nem termina, você é sempre você, ser.

Para praticar autociência, é fundamental que você desperte para o observador que você é, caso contrário, jamais irá conseguir se autoobservar com eficiência. Ao invés de se observar, você ficará perdido e desesperado como um cego em um tiroteio, pois irá acreditar equivocadamente que você é sua imaginação, sua lembrança, seu pensamento, seu sentimento e sua emoção, sem perceber que você é o observador disso tudo.

Na prática da autoobservação, o observador é você mesmo e o observado também é você. Mas são dois, tem uma divisão. Não é uma divisão espacial, mas é uma divisão. O observador é o ser que você é, o observado é tudo que você está experimentando: imaginações, lembranças, pensamentos, sentimentos e emoções.

Sem a divisão observador-observado, você não consegue se aprofundar no seu objeto de estudo, porque não tem um observador para se aprofundar no objeto de estudo, só tem o objeto de estudo. Claro que sempre tem o observador, mas quando você se ignora como observador, sua atenção é carregada pelos objetos, você se perde na tempestade de imaginações, lembranças, pensamentos, sentimentos e emoções.

O que acontece quando você se ignora como observador é similar à quando você vai no cinema. Você esquece que está sentado na cadeira e entra no filme. Daí, se o filme é um dramalhão, você fica preso no dramalhão, se o filme é aterrorizante, você fica preso no terror, se o filme é raivoso, você fica preso na raiva.

Quando você olha para as paredes do cinema, você sai da prisão do filme e volta a ficar consciente que o filme é um filme e você é o observador do filme. Você deve fazer o mesmo para sair do cinema mental. O problema é que não tem parede no cinema mental para você olhar, só tem tela, e sua observação está colada na tela, como se a tela do cinema fosse sua retina.

Por isso é tão difícil se dividir em observador e observado na prática da autoobservação. Não tem espaço físico separando o observador do observado. No cinema a tela está lá e você está aqui, sentado na poltrona. Na experiência humana não tem essa distância, então, a divisão entre observador e observado não tem como ser feita com uma faca, colocando observador de um lado e observado do outro, a divisão entre observador e observado só acontece através de um despertar consciencial.

Você observa um pensamento, e enquanto você está observando o pensamento, você observa que você é o observador do pensamento. Você se dá conta que sem você, observador, como aquele pensamento poderia estar sendo observado por você? E assim por diante e com tudo que você experimenta. Você observa a imaginação, a lembrança, o sentimento, a emoção, e enquanto você está observando tudo isso, você observa que você é o observador disso tudo. Você se dá conta que sem você, observador disso tudo, como isso tudo poderia estar sendo observado?

É assim que você sai da confusão e separa o observador do observado. É simples assim! Você se dá conta que sem observador não tem observado, e como sempre tem observado, sempre tem você: observador.

Esse despertar é um despertar existencial, pois você, observador, é a existência observadora da realidade observada. Outras tradições chamam esse despertar de despertar espiritual, outras de iluminação e outras de estado meditativo. Para produção de autoconhecimento pessoal e psicológico, não importa o nome atribuído ao despertar, o que importa é despertar, pois antes desse despertar existencial a prática da autoobservação até acontece, mas fica com o freio de mão puxado. Só quando você desperta para o observador você solta o freio de mão.

O vídeo abaixo é um trecho do filme Revólver. Assista antes de continuar lendo.

Essa cena ilustra bem uma pessoa despertando para o observador. Jake tem pânico de ficar preso em lugares apertados. Em outra cena, ele está subindo e descendo pelas escadas para não usar o elevador. Nessa cena, Jack decide descer de elevador e acaba ficando preso. O pânico explode e Jake começa a experimentar um turbilhão de pensamentos, imaginações, sentimentos e emoções. Só que, de repente, ele diz sereno para o ataque de pânico: “Eu posso te ouvir”. Ou seja, “eu estou te observando”. Jake despertou para o observador.

É muito comum pessoas despertarem para o observador no meio de uma crise de pânico. O testemunho do escritor Eckhart Tolle, na introdução do livro Poder do Agora, deve ser um dos exemplos mais populares disso, parece até que ele estava dentro do mesmo elevador que o Jake. Segue a transcrição:

Até os meus 30 anos, eu era extremamente ansioso, sofria de depressão e tinha fortes tendências suicidas. Hoje, parece que estou falando da vida de outra pessoa.

Tudo começou a mudar pouco depois do meu aniversário de 29 anos, quando acordei certa madrugada com uma sensação de pavor absoluto. Não era a primeira vez que eu tinha uma crise de pânico, mas aquela, com certeza, foi a mais forte de todas. Tudo parecia estranho, hostil, absolutamente sem sentido. Senti uma profunda aversão pelo mundo e, principalmente, por mim mesmo. Qual o sentido de continuar a viver com o peso dessa angústia? Para que prosseguir com essa luta? Um profundo anseio de destruição, de deixar de existir, tinha tomado conta de mim, tornando-se até mais forte do que o desejo instintivo de viver.

“Não posso mais viver comigo”, pensei. Então, de repente, tomei consciência de como aquele pensamento era peculiar. “Eu sou um ou sou dois? Se eu não consigo mais viver comigo, deve haver dois de mim: o “eu” e o “eu interior”, com quem o “eu” não consegue mais conviver”. “Talvez”, pensei, “só um dos dois seja real”.

Fiquei tão atordoado com essa estranha dedução que a minha mente parou. Eu estava plenamente consciente, mas não tinha mais pensamentos. Fui arrastado para dentro do que parecia um vórtice de energia. No início o movimento foi lento, mas depois acelerou. Fui tomado de um pavor intenso e meu corpo começou a tremer. Ouvia as palavras “não resista”, como se viessem de dentro do meu peito. Eu estava sendo sugado para dentro de um vácuo que parecia estar dentro de mim e não do lado de fora. De repente, perdi o medo e me deixei levar. Não me lembro de nada do que aconteceu depois.

No dia seguinte, fui acordado por um pássaro cantando no jardim. Nunca tinha ouvido um som tão maravilhoso antes. Meu quarto estava iluminado pelos primeiros raios de sol da manhã. Sem pensar em nada, eu senti – soube – que existem muito mais coisas para vir à luz do que nós percebemos. Aquela luminosidade suave que atravessava as cortinas da janela do meu quarto era o próprio amor. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu percebi que nunca tinha reparado na beleza das pequenas coisas, no milagre da vida. Era como se eu tivesse acabado de nascer de novo.

O vídeo abaixo é um trecho do filme O Pequeno Buda. Assista antes de continuar lendo.

Essa cena mostra Sidarta Gautama, o Buda, sentado em posição de meditação, ou seja, desperto para o observador. Por isso ele não se abala com nada que acontece, pois não confunde observador com observado. No final da cena, tem uma provação final, quando ele se encontra consigo mesmo. Porém, Sidarta não se abala também, nem se confunde, ele coloca a mão no chão e diz que a terra é sua testemunha, ou seja, ele explica para si mesmo o que é observador e observado, igual Jake no elevador.

Quem é o observador? O observador é você, que está observando a realidade externa e interna. Só isso que você pode saber sobre você observador. Quem é o observado? É tudo que você, observador, está observando. Ou seja, são seus pensamentos, imaginações, lembranças, sentimentos e emoções. Para simplificar, vamos supor que seu nome seja Jake, como o personagem do filme Revólver. Praticar autoobservação é você, observador, observando o Jake. Observando o que do Jake? Tudo do Jake. Tudo, tudo, tudo mesmo. Quando você estiver com medo, por exemplo, você entenderá que Jake está com medo, e continuará calmo, mesmo com medo. Daí, e só depois disso, você vai conseguir dar o segundo passo.

O segundo passo é conversar com o observado buscando descobrir o que ele tem para lhe ensinar sobre você e sobre ser humano. Vamos supor que seu nome seja Jake. Se você for o Jake com medo, o segundo passo é você conversar mentalmente com o medo. Busque entender o que é medo, qual é a causa do medo presente e o modus operandi do medo presente. Se você for o Jake com raiva, faça a mesma com a raiva. Se você for o Jake deprimido, faça a mesma coisa com a depressão. Seja qual for seu estado emocional, faça a mesma coisa.

Seu subconsciente executa seu comportamento, mas não sofre com o resultado. Quem sofre é você. Sofrer é experimentar. Experimentar é saber. Quem sabe é você. Seu subconsciente é igual um computador, apenas executa a programação sem saber do que se trata, sem saber se é certo ou errado, bem ou mal.

Seu subconsciente não tem culpa do comportamento que está executando. Que culpa um computador tem de executar a programação para o qual foi programado? Culpa nenhuma. Está perfeito. Tudo que você espera de um computador é que ele execute exatamente a programação.

Seu subconsciente não faz errado, faz o programado. Então, se você não consegue sair do sofrimento e deseja sair, ao invés de empenhar seu esforço e tempo tentando mudar seu comportamento e fracassando, empenhe seu esforço e tempo reprogramando seu subconsciente e conseguindo.

A natureza humana é uma ferramenta extraordinária. Possibilita que você tenha noção de espaço (altura, largura, profundidade) e tempo (passado e futuro), possibilita você pensar e sentir, possibilita você aprender e inventar. Mas como toda ferramenta, a natureza humana não é usuária de si mesma. O usuário da natureza humana é você. E quando você, usuário da ferramenta, se confunde com a ferramenta, quando acredita que você é a ferramenta, o resultado é mal uso. Usar mal a natureza humana é viver mal. Para viver bem, saia da confusão. Você não é só ser, nem é só humano, você é ser humano. Você não é um, nem dois, você é umdois.

Fique consciente disso. E boa prática!

PERGUNTAS

Não! A voz que você e todos os seres humanos escutam “dentro da cabeça” é o pensamento. O pensamento também é um objeto observado assim como os objetos físicos, porém, o pensamento é um objeto psicológico. A consciência é o que está observando os pensamentos. Só que toda a cultura psicológica e filosófica usa a palavra “consciência” como sinônimo de “pensamento”. Então, surge o equívoco de igualar consciência com pensamento.

Não existe auto-observação sem autoanálise, é impossível. Alguma autoanálise sempre acontece junto com a auto-observação. Se é uma autoanálise competente ou não, com critério A ou B, daí é outra história.

Autociência é a prática que produz autoconhecimento. Se você está produzindo autoconhecimento (em algum nível) é porque está praticando autociência (em algum nível). O aumento de autoconhecimento resulta em viver melhor. Se você está vivendo melhor, é sinal que está aumentando seu autoconhecimento.

Despertar existencial é instantâneo, puf, despertou, acabou. Despertar psicológico é gradual, feito descascar cebola, mas é uma cebola de poucas camadas. Despertar pessoal também é gradual, e também é feito descascar cebola, mas é uma cebola de infinitas camadas. Você descasca uma camada e tem outra e outra e outra. A prática do despertar pessoal não acaba nunca. Você vai morrer sem ter descascado a cebola inteira. Mas não precisa chorar. Alegre-se! Quanto mais você descasca sua cebola pessoal, melhor é a qualidade do seu viver.

Quando você está consciente que é observador, você se permite sentir medo, se permite sentir raiva, se permite sentir inveja, se permite sentir frustração, enfim, se permite ser humano. Ao se permitir, retira a desnecessária resistência (proibição). Ao invés de autonegação, aceita a si mesmo e começa a se observar, se estudar e produzir autoconhecimento psicológico e pessoal. Ou seja, quanto mais consciente você fica de que não é só humano, mais humano você se permite ser.

Sim, você pode usar essa terminologia se quiser.

Sim! O esperto pensa que sabe, o desperto sabe que pensa.

Sim e não. O problema nessa pergunta é o entendimento sobre separação. Na lógica materialista, separação necessita de espaço e tempo. A cadeira está separada da mesa no espaço-tempo. O passado está separado do presente no espaço-tempo. Se você tentar colocar o ser aqui e o humano ali, não irá conseguir, pois não existe essa separação espaço-temporal. Mas tem uma separação, mesmo que não seja espaço-temporal. E como separar o inseparável? Usando o discernimento. Essa é a função do discernimento: separar o inseparável. Por exemplo, olhe para um objeto, qualquer objeto. Você verá que esse objeto tem três dimensões: altura, largura e profundidade. Você consegue separar no espaço-tempo a largura, da altura, da profundidade? Consegue colocar a largura do objeto em cima da mesa, a altura no bolso e segurar a profundidade na mão? Não. São inseparáveis. Contudo, você sabe que são três dimensões distintas (separadas). Isso é óbvio. E como você sabe? Através do discernimento. Analogamente, também é através do discernimento que você separa o serumano em dois: ser e humano.

Sim, exatamente! No estado de ignorância existencial você acredita que é SÓ humano, mas você não é SÓ humano, você é um SER humano.

Medo é um objeto psicológico e pessoal. O medo em si é um objeto psicológico e o conteúdo do seu medo é um objeto pessoal. Como todo medo tem conteúdo, então, todo medo que você experimenta é simultaneamente psicológico e pessoal.

Para adquirir autoconhecimento você deve ler a si mesmo. Qualquer trabalho de despertar da consciência que não explique isso para seus alunos, não irá produzir autocientístas, só irá produzir crentes.

Humildade é ser do próprio tamanho. Tem gente que é humilde sendo pequeno porque seu tamanho é pequeno. Tem gente que é humilde sendo grande poque seu tamanho é grande. Humildade tem a ver com justiça. Uma pessoa humilde é JUSTAmente do tamanho que é, nem mais, nem menos. Arrogância é o oposto. Arrogância é quando você quer parecer maior do que é.

A palavra meditação está mais adulterada que gasolina de posto barato. Tem meditação para ficar rico, meditação para aumentar o tamanho do pênis, meditação para trazer marido de volta, meditação do empoderamento, meditação da família, etc. É um show de horrores. Algumas pessoas fazem dinâmicas de imaginação e chamam de meditação. Tem pessoas que dão exercícios de relaxamento e chamam de meditação. Meditação é auto-observação.

Não! O tratamento é o segundo passo: autoanálise. O perdão acontece como consequência. Você não pratica o perdão diretamente, o perdão, tanto a si mesmo como ao outro, é resultado da prática de autociência. Sem a prática de autociência seu perdão não tem efeito nenhum. Com a prática, você nem precisa perdoar, o perdão acontece por conscientização.

Observador não analisa, apenas vê. Pense na sua visão. Sua visão analisa o que está vendo? Não. Sua visão apenas vê, apenas enxerga. Quem analisa o que você está vendo não é a visão, é a razão. O mesmo se dá no autoconhecimento. Quem observa é o observador, quem analisa é a razão. Observação e análise acontecem em simultâneo, mas não são a mesma coisa.

Porque sua competência em observar e pensar é pequena. Você foi educado a acreditar e repetir. Nem a escola, nem seus pais, nem ninguém te ensinou a observar e pensar. Difícil é falta de prática. Você não tem prática em observar e pensar.

Porque você-ser é a visão. A visão não consegue ver a visão, é impossível. Faça o seguinte experimento. Fique parado em frente um espelho e tente ver a visão. Você verá tudo, menos a visão. Você verá o ambiente, verá seu corpo, verá seus olhos, verá as pupilas dos olhos, mas jamais verá a visão. Contudo, é obvio que a visão está presente, caso contrário, como você estaria vendo todos esses objetos sem visão? Só que é impossível ver a visão. E por quê? Porque visão é você-ser, você-consciência, você-observador.

Quando vezes ao dia você está consciente que só está enxergando porque você tem visão? Zero vezes, não é? Você é capaz de passar anos sem se dar conta que só está enxergando porque tem visão. Analogamente, o mesmo acontece com a consciência, que é muito mais implícita que a visão.

Raciocinar é humano. Você, enquanto ser, é existência, potência e consciência. O raciocínio surge quando você entra na experiência humana. Na experiência mineral e vegetal, por exemplo, não tem raciocínio. Pedra e alface (supostamente) não pensam.

Não! Quem desperta é sempre e só a consciência, o observador, você-ser. Seu sistema psicológico (você-humano) não é um observador, é um objeto observado, logo, não desperta. O mesmo para sua personalidade (você-fulano). É você-ser que desperta, que fica consciente do seu funcionamento humano e pessoal. Sua natureza humana e sua personalidade são observados, são objetos que você-ser observa e do qual fica consciente.

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