Fazendo uma analogia com o computador, o psiquiatra mexe no hardware (cérebro) e o psicólogo mexe no software (programação mental). O que acontece é que, se o problema for de software, não adianta ficar mexendo no hardware e vice-versa. E quando é problema de software, só o usuário (indivíduo) tem acesso a sua programação mental. Então, o psicólogo funciona como um técnico em informática lhe dando instruções pelo telefone sobre como consertar o bug que deu no Windows. É difícil? É. É limitado? É. Demora? Sim, bastante. Mas é melhor isso do que nada. Talvez no futuro seja possível conectar um cabo USB da cabeça do terapeuta para a cabeça do paciente. Por enquanto, ainda não é. Então, a única porta de entrada que o terapeuta tem para entrar no paciente é o diálogo, ou seja, a conversinha. É o que tem para hoje.