Entra um espinho no seu pé. Você não sabe porque está doendo. Você sabe que ao pisar no chão dói. Para resolver a dor, você decide andar pulando num pé só, tipo saci. Resolve durante um tempo, até que você pisa num outro espinho com o outro pé. A partir daí, dói quando você pisa com qualquer um dos pés. Você continua sem entender porque dói, mas é inegável que dói. Você procura uma solução e decide andar com as mãos, de ponta cabeça. Não é fácil. Você precisa mudar completamente seu modo natural de viver. Demora muito tempo, mas você acostuma a viver de ponta cabeça, plantando bananeira. Daí entra espinhos em suas mãos também. Andar com os pés não dá mais, porque dói. Andar com as mãos também não dá mais, porque dói. Você continua sem entender porque dói, mas é inegável que dói. Você procura uma solução para sua dor. Por fim, decide andar rolando, pois assim evita sentir dor nos pés e nas mãos. Essa imagem ridícula é análoga à forma como você lida com seu sofrimento.