Você usa o computador e tudo funciona ordenadamente. Você movimenta o mouse pela tela, abre e fecha pastas, clica nos ícones e as coisas acontecem. Porém, raramente você se dá conta que tudo que faz no computador só é possível devido ao sistema operacional do computador: o Windows.
Por que você não se dá conta disso? Porque o Windows é invisível. O que você vê na tela do computador não é o Windows, é o resultado do funcionamento do Windows. O Windows mesmo é uma programação invisível que está por trás do que você está vendo na tela do computador.
Seres humanos são bons para lidar com coisas visíveis, mas como lidar com coisas invisíveis? A força da gravidade, por exemplo, é uma força invisível. Todas as coisas caem. Evidentemente caem. Mas por que caem? Qual é a mão invisível que empurra tudo para baixo? E, se é invisível, como torná-la visível?
O ser humano tem um truque mágico para transformar o invisível em visível, esse truque se chama: imaginação. É através da imaginação que o ser humano vê o invisível. Não tal como é, mas tal como consegue imaginar.
Isaac Newton imaginou um teorema para visualizar a força invisível da gravidade. Sigmund Freud imaginou a psicanálise para visualizar o funcionamento invisível da psique humana. Religiosos imaginaram Deus para visualizar a criação do universo. Os produtores do filme Divertidamente imaginaram os personagens e os cenários do filme Divertidamente para projetar na tela o que acontece dentro de você.
Essa é a mágica do filme Divertidamente: tornar visível o invisível sistema operacional humano. Através da imaginação oferecida no filme, você vê suas emoções, seus sentimentos, sua memória, suas personalidades, seus pensamentos, etc.
Se a imaginação oferecida pelos produtores do filme Divertidamente corresponde de fato ao funcionamento psicológico humano, cabe a você verificar, assim como cabe a você verificar também todas as outras ofertas imaginárias disponíveis na cultura humana. Mas a oferta dos produtores do filme Divertidamente é uma oferta bastante ilustrativa, principalmente para quem é leigo na prática da auto-observação psicológica.