Parte do trabalho de um guru é apontar para o seu cu, para sua ferida, para seu equívoco, para causa do seu sofrimento. Mas se seu guru não for humano igual você, se não tiver cu igual você, que competência ele tem para falar do cu seu? Daí fica igual padre dando conselho de casamento. Minha sugestão é que você levante a batina do seu guru e confira a humanidade dele. Se ele tiver cu igual você, se for humano: ponto para ele.
Mas não pare sua investigação no primeiro cu. Guru que é guru tem dois cus. O primeiro cu é o que faz dele humano igual você. O segundo cu é o que faz dele guru: iniciativa em ser o primeiro a colocar o cu na reta (ser praticante do que professa). Afinal, não é preciso maestria para falar do cu filosófico, nem do cu alheio.
Se você tiver um guru, investigue debaixo da batina dele. Se não tiver dois cus, tenha você: desista dele!