Eu não sou um espírito. Eu sou o que sou. Eu sou eu. “Espírito” é apenas uma palavra da cultura espiritualista usada para expressar o óbvio existencial, não é o óbvio existencial. A explicação do óbvio não é o óbvio.
Quando você desperta a consciência existencial, você não descobre que você é um espírito, você descobre que você existe e que existência não é o que você acreditava. Uma das maneiras de explicar para os outros o que você descobriu (ficou consciente) é usando a palavra espírito. Mas você pode usar outras. Eu nem gosto de usar a palavra espírito, acho muito poluída, prefiro usar a palavra “ser”, que tem ligação semântica com “existir”.
Dito isso, quando digo que sou um espírito, não é crença porque minha existência é óbvia para mim, eu sei o que sou. Houve um tempo que não sabia. Eu pensava que sabia. Eu acreditava que era SÓ humano. Através da prática da auto-observação existencial eu descobri que estava equivocado. Eu não era SÓ humano, eu sou um SER humano. Isso não é uma crença para mim, é óbvio. E pode ficar óbvio para qualquer ser humano que praticar auto-observação existencial, pois todo SER humano é um SER humano, apenas acredita que é SÓ humano.