É comum as pessoas me qualificarem como “frio”, “insensível” ou outro adjetivo que remeta a ausência de emoção. Imagina, por exemplo, dizer para uma pessoa com câncer que isso é só um fato. Total ausência de sentimento e empatia, não é? Sei que parece isso. Mas não é isso. Eu sinto emoções como todo ser humano e tenho empatia pela dor alheia, mas observo minhas emoções e as alheias como um cientista observa as ondas do mar, não como uma pessoa se afogando. O SÁBIO FLUTUA NO MESMO OCEANO QUE O IGNORANTE SE AFOGA. Discernimento não é bloquear as emoções, é experimentá-las, porém, com lucidez sobre a realidade multimídia. Quando você se permite experimentar suas emoções com o propósito de estudá-las, elas ficam até mais fortes, mas você está consciencialmente forte também, então, você entra nas emoções como quem entra em um furacão, mas não sai rodopiando para todo lado, fica no olho do furacão observando tudo. Quem vê você de fora pensa que você é frio e não tem empatia, mas é o contrário, você está fervendo e empático, só que está vivenciando as emoções com lucidez, sem confundir significante e significado, por isso está vivendo bem e convivendo bem.