Se você realmente ficou consciente de tudo que foi apontado até aqui, você despertou para sua natureza existencial. Você-ser é a consciência no ponto B. Você-ser é o observador da sua realidade. Iluminação é assim: a volta dos que não foram. Bem-vindo de volta ao lugar de onde você nunca saiu! Você-ser sempre esteve no ponto B e sempre estará. Só que você estava adormecido (inconsciente).
Por isso iluminação também recebe o nome de despertar da consciência. Esse despertar desloca a fonte da sua identidade. Antes do desperta, a fonte da sua identidade é a realidade. Você se entende como sendo um corpo, que mora em uma determinada cidade, que pertence a uma determinada família, que tem uma determinada profissão, que gosta e odeia determinadas coisas, que acredita e dúvida de determinadas verdades, etc.
Depois do despertar, a fonte da sua identidade é a consciência. Nada muda na sua realidade. Absolutamente nada. Você continua tendo a experiência de que é um corpo, que mora em uma determinada cidade, que pertence a uma determinada família, que tem uma determinada profissão, que gosta e odeia determinadas coisas, que acredita e dúvida de determinadas verdades, etc. Só que você vive consciente de que isso é sua experiência e não sua identidade.
Como diz o provérbio zen: “Antes da iluminação, cortar lenha e carregar água. Depois da iluminação, cortar lenha e carregar água”. Se você realmente despertou para sua natureza existencial, meus parabéns! Você deu um enorme passo no autoconhecimento. Mas a brincadeira do autoconhecimento não acabou, começa agora. Sua realidade não deixará se ser desagradável, insatisfatória e frustrante. Continuará do mesmo jeito. Iluminação não muda o jogo, muda seu jeito de jogar. Bom jogo!