Aponte para a consciência que está consciente dos objetos na sua realidade. Como você está fazendo esse exercício focado na experiência visual, aponte para sua visão. Não use a imaginação, aponte de fato, usando o dedo, tal como na imagem acima. Assuma que a ponta do seu dedo é o ponto A e a consciência que está consciente da sua realidade é ponto B.
Cadê a consciência no ponto B? Você consegue ver a consciência no ponto B? Qual é a distância entre o ponto A e a consciência no ponto B? Qual é a dimensão da consciência no ponto B? Qual é a forma da consciência no ponto B? Qual é a cor da consciência no ponto B? A consciência no ponto B está contida no espaço?
O ponto B é a consciência, o observador, o experimentador, a testemunha, a quarta parede, o espírito, o ser, etc. Por motivos pedagógicos chamarei o ponto B de consciência e o ponto A de realidade, mas independe do nome, ao se perguntar sobre a natureza do ponto B, você irá constatar que:
Embora seja impossível observar a consciência assim como você observa a realidade. Embora a realidade seja cognicivel e a consciência seja incognoscível. Embora a consciência não tenha dimensão, nem cor, nem forma, assim como a realidade. Embora a consciência não seja um objeto. Embora a consciência não esteja contida no espaço, assim como os objetos. Embora não exista distancia entre a realidade (ponto A) e a consciência (ponto B).
Enfim, embora a consciência não possua nenhuma grandeza ou qualidade, é inegável que existe. Caso contrário, quem estaria consciente do ponto A? Quem estaria consciente do dedo? Quem estaria consciente da realidade?