Eis o paradoxo da iluminação. Quando alguém te pergunta se você sabe o que é iluminação, você responde que sabe. Quando alguém te pergunta como você sabe, você responde que não sabe. Iluminação nada mais é do que saber que sabe (sei que sei). Só isso! Nada além disso.
Saber do pensamento não é algo que você não tinha antes e adquiriu, sempre foi assim, nunca foi diferente, você que estava ACREDITANDO que pensar é saber. Não é! Isso é um equívoco. Pensar é mexer o caldeirão dos pensamentos. Saber é consciência. Saber é capacidade cognitiva. Saber é isso que você está fazendo agora e sempre e não consegue parar de fazer.
Outro equívoco é acreditar que iluminação é uma experiência. Se iluminação fosse uma experiência:
1) Quem estaria sabendo da experiência da iluminação?
2) Iluminação terminaria, porque toda experiência tem começo, meio e fim.
3) Iluminação seria subjetiva, pois toda experiência é subjetiva.
4) De nada adiantaria as escolas e os mestres falarem sobre iluminação, porque experiência é particular, então, cada mestre teria uma iluminação diferente dos outros mestres e dos seus alunos.
Iluminação é saber que sabe. Saber que sabe não é uma experiência e também não é algo que você ainda não tem e precisa adquirir. Você sempre sabe que sabe. Se não soubesse, não teria como saber de nada. O que te impede — ou melhor — impedia de atingir a iluminação era acreditar que pensar é saber. Equívoco esclarecido!