O que pode levar uma pessoa a procrastinar em suas atividades e quando começa, para no meio do caminho para ficar assistindo videos e filmes o dia inteiro?
Caro companheiro de viagem, suponho que deve estar experimentando um tanto de sofrimento para estar se expondo assim, embora de forma anônima. Não é comum um homem abrir seu coração e expor seu sofrimento. Geralmente o homem sofre calado até enlouquecer ou até que o cardiologista abra seu coração por ele. Não é seu caso. Sua opção é por retirar o sofrimento do porão ao invés de acrescentar mais um cadeado. Fico feliz por você. Recomendo que permaneça nessa opção.
Contudo, não tenho como lhe ajudar a entender o que está acontecendo dentro de você, sem que primeiro eu entre dentro de você. Caso contrário, seria como um médico lhe dar um diagnóstico sem antes lhe examinar. Na medicina psicológica também é preciso examinar primeiro antes de produzir um diagnóstico.
Na medicina física, o médico entra dentro de você com agulhas, eletrodos, radiografias e outros aparatos físicos. Na medicina psicológica, a única maneira do médico entrar dentro de você é se você se colocar para fora. Como? Pela boca. Conversando com o médico (terapeuta) sobre o seu sofrimento. É por isso que o trabalho de um psicólogo acontece todo através do diálogo. A comunicação é a entrada USB do ser humano.
Dito isso, fica fácil de te explicar e de você entender, que para lhe ajudar com seu sofrimento eu preciso conversar com você sobre seu sofrimento e analisá-lo. Ou seja, teria que ser seu terapeuta e você ser meu paciente. Só que eu não faço terapia com ninguém. Eu sei fazer, mas não faço. Pois se for fazer terapia com cada um que vem me pedir ajuda com seu sofrimento, só vou fazer isso na vida e não vou ter tempo de ser professor. Eu faço terapia com meus alunos do ciclo de estudos EUreka, mas apenas uma única vez e só depois que estudaram seis meses de autociência. E não faço isso como brinde, mas para guiá-los e ajudá-los a aprenderem a ser terapeutas de si mesmos.
Só que você está batendo na porta e pedindo ajuda com seu sofrimento. Então, para fins de estudos, posso conversar com você aqui no grupo e te analisar como estudo de caso. Assim, eu poderia lhe oferecer a ajuda que está me solicitando e você ajudaria todos os 1ficineiros aqui com seu estudo de caso. Mas já lhe adianto que se você aceitar minha proposta você ficará pelado em público, pois precisará expor aqui no grupo tudo que está dentro de você e que, provavelmente, mantém guardado a sete chaves.
Se tiver interesse na minha oferta, me responda que dou início a realização do seu estudo de caso. Se você declinar da minha oferta por causa da exposição, tenho uma segunda oferta para você. Posso perguntar aos meus alunos veteranos se algum deles têm disponibilidade para conversar em particular com você e lhe ajudar com seu sofrimento. Se você declinar dessa oferta também, sugiro que procure um terapeuta de sua escolha ou então um amigo, ao menos para desabafar seu sofrimento. Desabafar não resolve tudo, mas ajuda bastante