Sintonize sua televisão em um canal de esportes e comece a assistir um jogo. Enquanto estiver assistindo, se pergunte: “Cadê o jogo?”. Você irá perceber que não existe jogo, só existe jogar. Faça o mesmo com sua vida. Sintonize sua observação em si e comece a assistir sua vida. Enquanto estiver assistindo, se pergunte: “Cadê minha vida?”. Você irá perceber que não existe vida, só existe viver.
Você acredita que executa diversas atividades, mas você só executa uma única atividade: viver. Comer é viver, respirar é viver, dormir é viver, sonhar é viver, divertir é viver, trabalhar é viver, amar é viver, odiar é viver, sentir é viver, pensar é viver. Até morrer é viver.
Não é o produto que produz a fábrica, é a fábrica que produz o produto. Não é a vida que produz o viver, é o viver que produz a vida. Sem jogar não tem jogo, sem viver não tem vida.
Vida é a suposição de que o produto existe sem a fábrica. Vida é a crença de que sua realidade é uma criação desassociada do seu viver. É justamente o oposto: viver é causa, vida é efeito.
Quem nasceu primeiro, não nasceu, existe.