DIÁRIO DA CONSCIÊNCIA

21/09/2020 by in category Práticas with 0 and 0

01 | HISTÓRIA INFELIZ

Ande pela sua memória e encontre uma história infeliz. Conte sua história infeliz com detalhes e colocando todos os verbos no presente como se estivesse acontecendo agora. Conte tudo que está acontecendo, tudo que está sentindo, pensando, lembrando e imaginando junto com os acontecimentos.

exemplo

É dia das crianças. A escola vai levar todos os alunos para passear como de costume. O passeio deste ano é no corpo de bombeiros. (Estou entusiasmado. Acordo cedo e acho que vai ser muito legal) Todas as crianças da escola entram no ônibus. O ônibus chega no corpo de bombeiros depois de alguns minutos. (Aeeeee, chegamos! – exclamo) Tem um caminhão de bombeiro no meio do pátio. (Que legal esse caminhão! – exclamo) Um dos bombeiros organiza as crianças para subirem na escada magirus. Uma criança por vez. Entro na fila. (Me sinto como se estivesse na fila da roda gigante em um parque de diversões. Vai ser muito divertido! Oba! Oba! – penso) Todos estão inquietos, ansiosos, esperando a vez de subir na escada. A escada abaixa, pega uma criança e sobe com ela muito alto, quase da altura da nuvens, depois desce, pega a próxima criança da fila e sobe novamente para as alturas. A fila vai andando e chega minha vez. Mas sou barrado no baile. O bombeiro diz que eu já foi e estou querendo ir de novo. Digo que não foi ainda, mas o bombeiro não acredita em mim e chama minha professora. “Esse menino já foi e está querendo ir de novo”, diz o bombeiro. “Eu não fui, professora, eu não fui, eu não fui”, digo. Só que a professora também não acredita em mim. Fico com raiva. Fico revoltado com o bombeiro e com a professora. Digo que estou falando a verdade e me pergunto por que não acreditam em mim. Quero andar na escada magirus. Quero subir lá em cima. Acredito que será uma delícia. Adoro carro de bombeiro. Eu tem um carro de bombeiro de brinquedo. Eu não fiz nada errado para ser punido. Esperei minha vez. Chegou minha vez. Quero ir. (Mas que merda! Não me deixam ir injustamente. Porqueeeee? Eu não mereço esse castigo. Hoje é dia das crianças. – penso. Saio da fila, me agacho em um canto, seguro as pernas e começo a chorar copiosamente. Estou sentindo muita dor e começo a chorar alto e forte. Todos ficam espantados tamanha é a intensidade do meu choro. Depois de 15 minutos chorando alto e forte, estou exausto.

02 | HISTÓRIA FELIZ

Reconte sua história infeliz transformando-a em uma história feliz. Use os verbos no presente como se estivesse acontecendo agora.

exemplo

É dia das crianças. A escola vai levar todos os alunos para passear como de costume. O passeio deste ano é no corpo de bombeiros. (Estou super entusiasmado, acordei cedo, vai ser muito legal) Todas as crianças da escola entram no ônibus. Depois de alguns minutos, o ônibus chega no corpo de bombeiros. (Aeeeee, chegamos!) Tem um caminhão de bombeiro no meio do pátio. (Que legal esse caminhão!) Um dos bombeiros organiza as crianças para subirem na escada magirus. Uma criança por vez. Eu entro na fila. (Me sinto como se estivesse na fila da roda gigante em um parque de diversões. Vai ser muito divertido! Oba! Oba!) Todos estão inquietos, ansiosos, esperando a vez de subir na escada. A escada abaixa, pega uma criança e sobe com ela muito alto, quase da altura da nuvens. Depois desce, pega a próxima criança da fila e sobe novamente para as alturas. A fila vai andando e chega minha vez. O bombeiro diz para eu seguir em frente e me ajuda a subir na escada (Oba! Que bombeiro legal! Quando eu crescer eu vou ser bombeiro). Seguro firme e a escada começa a subir. Quanto mais sobe, mais emocionante. (Uhuuuu! Que legaaaal!) A escada chega no topo do mundo e estou explodindo de emoção. Dou um berro de alegria. (Estou muito feliz. É o dia mais feliz da minha vida.)

03| ANÁLISE INICIAL

Faça uma reflexão sobre tudo que contou até aqui. Se pergunte: “Qual é a história que essa história tem para me contar? O que essa história tem para me ensinar sobre ser humano, sobre minha pessoa e sobre viver bem?”

exemplo

Aprendi que seres humanos são criaturas desejantes. Aprendi que a frustração do desejo causa dor. Quanto maior o desejo de um indivíduo, maior a dor causada pela frustração do desejo. Aprendi que eu desejava muito subir na escada magirus, por isso fiquei tão frustrado com a proibição. Aprendi que proibição dói de todo jeito, mas proibição injusta dói muito mais. Eu não merecia o castigo porque não havia quebrado as regras. E isso me fez entender que mesmo jogando dentro das regras, não é garantia de que meu desejo irá se realizar, pois o juiz do jogo pode interpretar minhas jogadas de forma equivocada como aconteceu nesse caso. Aprendi que eu gosto de brincar e não gosto que me proíbam de brincar. Aprendi que eu gosto de brincadeira com aventura. Aprendi que não gosto de autoritarismo, mas que faz parte da experiência humana. Aprendi que pessoas erram, seja adultos, sejam professores, sejam quem forem. Pessoas cometem erro de julgamento. Aprendi que para viver bem, devo permitir que o outro erre, mesmo que o erro do outro resulte na injusta frustração de algo muito desejado por mim.

04 | FEEDBACK COLETIVO

Dê um feedback para seu colega. Faça perguntas, análises, apontamento e compartilhe sua opinião. Ajude seu colega a ficar um pouco mais consciente sobre seu funcionamento psicológico e pessoal.

exemplo

Feedback (A): Se a proibição fosse em relação ao outra coisa, uma coisa chata, por exemplo, você ficaria frustrado?

Feedback (B): O que você, adulto, diria para essa criança na hora que ela estava chorando?

Feedback (C): Essa história ainda dói hoje? Por que?

Feedback (D): Histórias como essa se repetiram ao longo da sua vida? Se sim, conte outra semelhante e como lidou com ela.

05 | EU DO PASSADO

Reconte a mesma HISTÓRIA INFELIZ que contou no passo 01, mas reconte colocando o sujeito na terceira pessoa, substituindo o pronome “eu” pelo seu nome ou por um apelido representativo do seu sofrimento.

exemplo

É dia das crianças. A escola vai levar todos os alunos para passear como de costume. O passeio deste ano é no corpo de bombeiros. (Marcelo está entusiasmado. Ele acordou cedo e acha que vai ser muito legal) Todas as crianças da escola entram no ônibus. O ônibus chega no corpo de bombeiros depois de alguns minutos. (Aeeeee, chegamos! – exclama Marcelo) Tem um caminhão de bombeiro no meio do pátio. (Que legal esse caminhão! – exclama Marcelo) Um dos bombeiros organiza as crianças para subirem na escada magirus. Uma criança por vez. Marcelo entra na fila. (Ele se sente como se estivesse na fila da roda gigante em um parque de diversões. Vai ser muito divertido! Oba! Oba! – pensa Marcelo) Todos estão inquietos, ansiosos, esperando a vez de subir na escada. A escada abaixa, pega uma criança e sobe com ela muito alto, quase da altura da nuvens, depois desce, pega a próxima criança da fila e sobe novamente para as alturas. A fila vai andando e chega na vez de Marcelo. Mas ele é barrado no baile. O bombeiro diz que ele já foi e está querendo ir de novo. Marcelo diz que não foi ainda, mas o bombeiro não acredita nele e chama sua professora. “Esse menino já foi e está querendo ir de novo”, diz o bombeiro. “Eu não fui, professora, eu não fui, eu não fui”, diz Marcelo. Só que a professora também não acredita nele. Marcelo fica com raiva. Fica revoltado com o bombeiro e com a professora. Ele diz que está falando a verdade e se pergunta por que não acreditam nele. Marcelo quer andar na escada magirus. Quer subir lá em cima. Ele acredita que será uma delícia. Ele adora carro de bombeiro. Ele tem um carro de bombeiro de brinquedo. Marcelo não fez nada errado para ser punido. Ele esperou sua vez. Chegou a vez dele. Ele quer ir. (Mas que merda! Não vão me deixam ir injustamente. Porqueeeee? Eu não mereço esse castigo. Hoje é dia das crianças. – pensa Marcelo) Ele sai da fila, se agacha em um canto, segura as pernas e começa a chorar copiosamente. Marcelo está sentindo muita dor e começa a chorar alto e forte. Todos ficam espantados tamanha é a intensidade do choro de Marcelo. Depois de 15 minutos chorando alto e forte, Marcelo está exausto.

06 | EU DO FUTURO

Entre no túnel do tempo e volte até o momento em que termina a história infeliz. Converse com você do passado e explique para ele tudo que ele não tinha como saber no passado e que por isso sofreu tanto. Transmita para você do passado toda a lucidez que você do futuro adquiriu e tem atualmente sobre o que é ser humano e sobre como lidar bem com aquele tipo de situação e outras situações similares que você do passado viverá no futuro.

exemplo

Olá Marcelo! Eu sou você do futuro. Sei que está doendo. Vem cá, deixa eu te dar um abraço e conversar com você, eu tenho umas coisa para te contar.

A primeira coisa que quero te dizer é que essa dor vai passar. Tudo passa. As coisas boas passam e as ruins também. Eu sei que essa dor parece insuportável agora, mas olha pra mim, eu sou a prova de que você irá sobreviver.

Decepção não mata, ensina a viver. Você está decepcionado com o bombeiro e com as pessoas. Você irá sofrer muitas decepções até chegar na minha idade. Decepção faz parte da vida. É preciso viver bem apesar das decepções. É preciso aprender a lidar com as decepções. A maneira de lidar bem as decepções é percebendo que decepção é um equívoco na UTI. Então, quando estiver decepcionado, desligue os aparelhos e deixe seu equívoco morrer. Descubra qual foi o equívoco que gerou a decepção e assim você se livra dele.

Nesse caso aqui, você acreditou que adultos sabem o que fazem e não erram nunca. Esse é seu equívoco na UTI. Adultos nem sempre sabem o que fazem e erram muito. Você mesmo está equivocado agora e irá cometer muitos erros quando for adulto. Sua professora e o bombeiro são adultos e estão errados. Só que eles não sabem que estão errados. Eles acreditam que estão certos. Eles são equivocados e todo equívoco é sincero. Quem erra não sabe que está errando enquanto está errando, só descobre depois, só descobre no futuro, igual eu te dizendo isso agora .

Porém, mais que decepcionado, você está frustrado. Eu sei o tanto que está frustrado. Você sonhou muito com esse dia. Você contou os dias e as horas para chegar nesse momento. Você adora carro de bombeiro. E você foi impedido de realizar seu sonho. Dói demais ter um desejo impedido. É como receber uma punição, um castigo. E você não fez nada de errado para ser castigado. Mas você não está sendo castigado, você está experimentando o resultado do equívoco do bombeiro. E sobre frustração do desejo, vai se acostumando, pois muitas e muitas vezes seu desejo será frustrado no futuro por uma infinidades de motivos que está fora do seu controle.

Eu sei que essa não são boas notícias, mas também não são ruins, é apenas como a brincadeira de ser humano funciona. É tipo um jogo. Às vezes as circunstâncias favorecem a realização do seu desejo, as vezes bloqueiam. Hoje as circunstâncias bloquearam seu desejo de andar na escada magirus, amanhã irão te favorecer em milhares de outros desejos. E assim a roleta das circunstância vai girando e criando o que nós, seres humanos, chamamos de sorte e azar.

Hoje você deu azar. Dói. É ruim. Mas faz parte. Num futuro bem distante, você vai ficar mestre em lidar com a frustração do desejo frente às circunstâncias. Você vai entender a diferença entre desejo e objeto de desejo, e isso vai fazer toda a diferença no seu jeito de viver. Não vou te explicar tudo isso agora porque é muito complexo para sua cabeça de criança, mas pode ter certeza que essa sua dor aqui e agora está contribuindo para o fim dela mesma no futuro.

Para terminar quero lhe pedir para que se lembre sempre disso que estou te dizendo agora, e sempre que quiser conversar comigo é só me chamar através da sua imaginação.

Que bom que você parou de chorar e que está se sentindo melhor. Me dá mais um abraço antes de eu voltar para o futuro. Isso! Que delicia! Eu te amo, garoto. Tamojunto. Prossigamos…

07 | LEMBRETE

Escreva uma frase que resuma a principal aprendizagem que você teve com esse estudo de caso e formule uma pergunta para você se fazer e se lembrar dessa aprendizagem sempre que estiver repetindo o mesmo padrão de sofrimento.

exemplo

Frase: Errar é humano.
Auto-pergunta: Você não erra?

PERGUNTAS E RESPOSTAS

A memória faz brotar uma emoção. Faça essa experiência. Produza lembranças e perceba que as lembranças fazem brotar emoções. A emoção brota de acordo com o significado da memória.

Memória é igual comida. Comida tem nutrientes. Você precisa digerir a comida para absorver os nutrientes. Quando você não digere a comida, você fica ruminando o que comeu. Memória é experiência que você experimentou (comeu). Quando você não digere a experiência, você fica ruminando até digerir. A comida volta na boca da vaca para ela ruminar e digerir a comida. A memória volta ao seu consciente pelo mesmo motivo. Quanto mais rápido você digerir a memória, melhor, você absorve os nutrientes (sabedoria) e segue. Negar a memória não digerida só serve para adiar esse processo de digestão consciencial que vai ter que acontecer em algum momento. Quando você retarda demais a digestão, dá congestão, que é um sofrimento extremo.

A família é seu primeiro sistema de convivência humano. Quando você é criança, o universo é sua casa e os planetas do seu sistema solar são seus familiares. Depois você vai expandindo seu sistema solar para seu bairro, sua cidade, outros países, etc. Mas é no sistema familiar que tudo começa. E como tudo acaba onde começou, por isso a má convivência retorna ao ponto de origem: o sistema familiar.

Não, a egofonia tem maior poder de investigação. Só que na egofonia é só você com você. Então, se você faz mal feito, fica por isso mesmo, não tem ninguém para te ajudar a fazer melhor. No diário da consciência, como é em grupo, você se beneficia da ajuda dos colegas para ampliar seu poder de análise. Essa é a vantagem do diário da consciência.

A sintaxe e a gramática de um idioma é espelho da sintaxe e gramática mental. Por isso, se mexe numa, mexe na outra. Inevitavelmente. Tem uma frase famosa na filosofia, que o Caetano Veloso até colocou em uma música dele, que diz assim: “Só é possível filosofar em Alemão”. Essa frase está se referindo a sintaxe e gramática da língua alemã, está dizendo que a sintaxe e gramática de um idioma pode facilitar ou atrapalhar o discernimento.

Na língua inglesa, por exemplo, o verbo “ser” e o verbo “estar” é o mesmo verbo: “to be”. Ou seja, a mentalidade das pessoas de língua inglesa não tem o mesmo discernimento da mentalidade das pessoas de língua portuguesa, por exemplo. Outra diferença sintática interessante entre português e inglês, é o uso dos adjetivos. Em inglês, primeiro você qualifica (adjetiva), depois você diz a tal objeto aquele adjetivo se aplica, por exemplo: “red car”. Em português a sintaxe é o oposto, primeiro você diz o objeto, depois qualifica (adjetiva), por exemplo: “carro vermelho”. Ou seja, a mentalidade das pessoas da língua inglesa prioriza o conteúdo e a mentalidade das pessoas de língua portuguesa prioriza a forma.

Se for estudar e comparar a sintaxe e gramática das línguas humanas, dá um mestrado de autociência. Linguagem e pensamento é como se fosse uma coisa só, por isso um influência o outro. Observe como um hipnotizador fala com a pessoa que está hipnotizando, ele usa todos os verbos no presente e muitos imperativos. Quando um instrutor vai dar um relaxamento ou meditação guiada, é a mesma coisa. Todos os verbos no presente.

No caso da análise da história infeliz, quando você conta a história infeliz como se estivesse acontecendo agora, você revive a história agora como se tivesse viajado no tempo e voltado ao passado, porém, você revive a história infeliz com duas mentalidades, a mentalidade que você tinha no passado e a mentalidade que você tem atualmente. Acontece um diálogo entre essas duas mentalidades. Esse diálogo é terapêutico.

Contar uma história com os verbos no presente é tecnicamente difícil. Sou escritor e sei bem disso. História é passado, no presente não tem história, no presente se faz a história que depois contamos. Outra dificuldade é que contar é relatar o que lembramos e lembrar é passado. Então, tem essas duas dificuldades técnicas. Mas a dificuldade não é apenas técnica, é psicológica também, é resistência.

Vou destacar dois motivos da resistência:

1) FUGA DA DOR – Quando você conta a história com os verbos no passado você afasta a dor, quando você conta a história com os verbos no presente, você reaproxima e reincorpora a dor. Então, a resistência em colocar os verbos no presente é fuga da dor. Funciona. Mas sendo que o sofrimento é o mestre, ao afastar a dor, você está afastando também a eureka que irá curar a dor que está afastando.

2) FUGA DA SOLIDÃO – Quando você conta a história no passado, você conta para o outro, para plateia. Quando você conta sua história no presente, a plateia desaparece, é só você com você. Então, a resistência em colocar os verbos no presente é fuga da solidão de ser um indivíduo. Só que você é um indivíduo. E não funciona ignorar isso.

Essas duas resistências acontecem também no seu viver aqui e agora e as duas fugas também.

Pergunta completa: Eu conto a história feliz sem censura, sem pensar em certo ou errado, outroísmo ou autoísmo, sem querer parecer sábio ou nada disso, correto?

Sim! Quando você tenta se fazer de santo a única coisa que consegue é deixar explicito seu outroísmo submisso afetivo.

Para ficar consciente da ligação entre o padrão de comportamento do passado e o atual. E também para perceber como o mesmo padrão se repetiu durante sua vida inteira em diferentes cenários.

Porque a nova memorização também exige repetição.

É fundamental se permitir sofrer para fazer autoanálise. É o primeiro passo. Você deve se permitir sentir raiva, angústia, medo, remorso, frustração, tristeza, enfim, sentir todas as emoções e sentimentos desagradáveis. Porém, o segundo passo, é pensar com a cabeça ao invés de pensar com o coração. A maioria das pessoas tropeçam no segundo passo. Provavelmente esse é seu caso também.

Se você tiver uma hora por dia, é suficiente. Tem dias que você irá usar essa uma hora para ouvir o colega do dia. No seu dia, você irá usar essa uma hora para falar. E na semana de feedback, você irá usar essa uma hora para dar feedback. Mas sempre em torno de uma hora por dia, no máximo.

PERGUNTA COMPLETA: Eu li um livro que diz “conte sua história até que vire só uma história”. A intenção da prática da linha do tempo é essa? Vai chegar uma hora que minha história será só uma história, não vai ser mais a minha história?

Não, é justamente o oposto. Atualmente sua história não é sua. Você apenas a viveu, mas não se apropriou do significado da vivência. Ao contar, você revive. Ao reviver, com mais lucidez, você vai se apropriando da sua história.

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