Crença no controle

14/11/2024 by in category Capitulos, Solução Final with 0 and 0

Para simplificar o entendimento, imagine uma sociedade feita por apenas dois sócios: eu e você. Sendo que vivemos em interdependência, em algum momento posso precisar da sua colaboração ou você pode precisar da minha.

Quando você precisar da minha colaboração, você pode me pedir e eu ficarei feliz em colaborar com você se eu quiser. Quando eu precisar da sua colaboração, posso te pedir e você ficará feliz em colaborar comigo se você quiser.

Agora, suponhamos que eu queira que você colabore comigo mesmo contra sua vontade. Ou vice-versa. Suponhamos que você queira que eu colabore com você mesmo contra minha vontade. O que precisaremos fazer um com o outro para evitar a recusa? Precisaremos executar alguma estratégia de controle, caso contrário, cada um fará o que quer.

Eis o objetivo do controle: obrigar o outro a fazer o que não quer. Independente de qual estratégia de controle é usada, o objetivo é sempre esse.

Mas como uma pessoa se sente quando é obrigada a fazer o que não quer. Como você se sente quando é obrigado a fazer o que não quer? Sente bem ou mal? Alegre ou triste? Feliz ou infeliz? Beneficiado ou prejudicado?

Por isso que acreditar no controle como solução para o bem-estar social é um tiro no pé. Controle não produz bem-estar entre os sócios, produz revolta, mágoa, neurose, estresse, vingança, depressão, ansiedade, pânico, etc.

Obrigar o outro agir contra a própria vontade é violência, é abuso, é estupro da individualidade. Contudo, assim caminha a humanidade. Milhões de anos vividos, desde a pré-história, e a única evolução humana foi o aprimoramento das estratégias de controle.

Pense nisso e pense na primeira conscientização: “Se você não faz parte da solução, você faz parte do problema”. De que lado você está? É desse lado que quer permanecer?

© 2025 • 1FICINA • Marcelo Ferrari