Durante uma aula do ciclo de estudos EUreka 2023, para fins de ilustrar a qualidade da convivência humana, expliquei que lucro é exploração. Alguns alunos se revoltaram com minha afirmação e vieram tirar satisfação comigo. Passei duas semanas dando satisfação (explicando). Nesse livro, compartilho as explicações que dei e acrescento outras.
A prática capitalista do lucro está alicerçado na questão da propriedade. Por isso esse livro se chama Comunismo Universal. Mas que fique claro! Esse não é um livro sobre política. Esse não é um livro doutrinário. Esse é um livro sobre despertar da consciência. O que vou explicar aqui é o óbvio sobre a natureza do universo. Para entender o que vou explicar aqui basta você, leitor, observar sua experiência e comprovar.
Não sou contra o capitalismo. Também não sou comunista. Sou contra a ignorância e a favor do despertar da consciência. Trabalho pelo despertar da consciência e pela auto-realização dos seres humanos. Quando afirmo e explico a injustiça do lucro, não estou atacando o capitalismo, estou explicando a natureza do lucro para que o implícito fique explícito.
Sei que muitas pessoas sentem ânsia de vômito com a palavra “comunismo”. Sei que para pessoas de mentalidade capitalista a palavra “comunismo” é sinônimo de demônio. Se você não é capaz de colocar de lado todos seus preconceitos associados a palavra “comunismo”, não leia esse livro. Leia esse livro apenas se deseja despertar a consciência para o comunismo universal.
Relutei. Não queria escrever esse livro. Sei que deixar o capitalismo nu, numa sociedade de mentalidade capitalista, é pior que xingar a mãe de puta, é pior que cuspir na cara. Sei que resulta em punição máxima. Prevejo que pessoas virão me aporrinhar com ódio ao comunismo e discurso de oposição. Vai ser um saco ter que explicar repetidamente o que está explicado nesse capítulo de introdução. Mas se quem enxerga o óbvio não explicar o óbvio, quem vai explicar? O cego? Por isso aceitei o desagradável trabalho.
Boa leitura!
— Ei, você!
— Quem! Eu?
— Sim, você mesmo!
— Pois não!
— O que você está fazendo aí?
— Estou andando pela parede.
— Sim, mas você está andando na minha parede.
— Sim, sou uma lagartixa, ando pelas paredes.
— Você não entendeu!
— Não entendi o quê?
— Você está andando na minha parede.
— Sim, sou uma lagartixa, ando pelas paredes.
— Você é uma lagartixa ou uma anta?
— Sou uma lagartixa.
— Presta atenção! Você está andando na miiiiinha parede! Entendeu agora?
— Já disse, sou uma lagartixa, ando pelas paredes.
— Mas essa não é apenas uma parede, é minha parede! Entendeu?
— Sinceramente, não!
— Essa parede é propriedade minha! Eu sou dono dessa parede. Olha aqui a escritura com meu nome. Olha aqui o carnê do IPTU. Isso aqui não é casa alugada! Não é pensão! Não é a casa da mãe joana! Eu mesmo que construí essa casa, parede por parede. Comprei os tijolos, rejuntei, reboquei e pintei. Essa parede é minha. MINHA! Miiiiiinha! Minha, minha, minha! M.I.N.H.A. Minha! Entendeu agora?
— Ainda não!
— Êta lagartixa burra!
No Zen Budismo existe uma pedagogia chamada Koan. São perguntas que visam levar os alunos a despertarem a consciência através de um enigma. Um dos Koans mais famosos é sobre bater palmas. É preciso usar as duas mãos para bater palmas. Qual é o som quando se bate palmas usando uma mão só? A resposta óbvia é nenhum.
Mas esse Koan não foi feito para isso. Tem um entendimento mais profundo nele. As duas mãos representam a dualidade. A mão sozinha representa a unidade. Onde não há dualidade, não há contraste, ou seja, som. E por aí vai um punhado de ensinamentos implícitos.
No texto acima, Iluminação Da Lagartixa, usei a pedagogia do Koan. Muitas pessoas leem e pensam ter entendido. Outras leem, releem e não entendem. Pedem que eu explique. Eu explico e continuam sem entender. O texto da Iluminação da Lagartixa é um Koan para levar o leitor a EUreka do Comunismo Universal. O que a lagartixa está explicando ao leitor é:
NÃO EXISTE PROPRIEDADE NO UNIVERSO
Em outras palavras:
NINGUÉM É DONO DO UNIVERSO
Em outras palavras:
O UNIVERSO NÃO TEM DONO
Em outras palavras:
O UNIVERSO NÃO PERTENCE A NINGUÉM
Em outras palavras:
O UNIVERSO É COMUM A TODOS
Em outras palavras:
O UNIVERSO É COMUNISTA
Propriedade não é da natureza do universo, é uma invenção humana que só existe dentro da cabeça dos seres humanos. Propriedade é uma crença que você adquire através da educação.
Quando você nasce, você é como a lagartixa, você não entende nada de pronome possessivo: meu, seu, dele, dela, nosso, vosso, etc. Só que você é capaz de aprender e acreditar no que aprendeu. Seus educadores, que também nasceram livres da crença na propriedade, lhe ensinam todos os pronomes possessivos. O ensinamento se repete explicita e implicitamente em todos os aspectos da convivência. Então, antes mesmo de você completar cinco anos, você já acredita que a propriedade é algo tão real, verdadeiro e natural como as leis da física.
Só que não! Basta você observar os seres não-humanos (bichos, plantas, insetos, fungos, etc) que fica óbvio que propriedade é uma crença que só existe dentro da cabeça dos seres humanos.
É difícil para o ser humano discernir entre o que é natural e o que é cultural (crença). Vou dar uma dica. O que é crença só funciona com quem acredita. O que é natural funciona quer você acredite ou não.
Por exemplo, quando você está dirigindo no trânsito, funciona parar no sinal vermelho e prosseguir no verde porque é uma crença que todos acreditam. Mas quando dois carros batem em alta velocidade, independente dos motoristas acreditarem ou não que vão se machucar, eles se machucam, pois, por natureza, dois carros não ocupam o mesmo lugar no espaço.
A propriedade não é natural, só funciona porque é uma crença que todos acreditam. Só que é mais que isso! A propriedade é uma crença tão primária, tão profunda e tão arraigada, que a maioria dos seres humanos a consideram natural.
Capitalismo é um sistema econômico fundado na propriedade. Sem propriedade não é possível haver capitalismo. Como você pode vender uma maçã se você não é dono da maçã? Como você pode vender leite se você não é dono da vaca? Como você pode vender ovo se você não é dono da galinha? Como você pode vender um terreno se você não é dono da terra?
O capitalismo é um sistema econômico construído em cima de uma mentira: a propriedade. Só que os seres humanos idolatram a mentira como se fosse verdade. É igual naquela história do rei que está nu. Vou contar a história caso você ainda não conheça:
Um rei muito severo e vaidoso; não admitia ser contrariado. Certo dia, apareceu um homem se dizendo alfaiate, na verdade, um charlatão, e se ofereceu para fazer a roupa mais bonita que qualquer monarca em todo o mundo jamais havia tido. Mas tinha um porém, ele avisou que somente as pessoas inteligentes poderiam vê-la.
O rei, tocado pela vaidade, logo se interessou e o contratou. Providenciou todos os materiais que lhe fora solicitado. Fios de ouro, tecidos finos, adereços de diamantes e tudo que havia de melhor e mais valioso. Acomodou o “alfaiate” em um atelier e deixou que desenvolvesse seu trabalho.
Passadas algumas semanas, como não teve notícia, o rei foi ao local onde estava sendo confeccionada a roupa. Viu uma mesa vazia e o homem fazendo inúmeros movimentos como se estivesse medindo, costurando, esticando etc. O rei, para não transparecer diante de seus súditos que não estava vendo nada, começou a elogiar. Por sua vez, os súditos presentes, que nada viam, para não passarem por ignorantes, também elogiaram.
Após mais uma semana, o alfaiate deu o trabalho por terminado e convocou o rei para ir vestir a roupa. O rei convocou todo o povo para um desfile onde ele mostraria sua nova roupa. Assim foi feito. Com o rei nu, e todos fingindo que viam as vestes reais, o desfile seguiu. Ninguém se manifestava para não passar por ignorante. Somente uma criança, na sua pureza e inocência, vendo toda aquela encenação, gritou: “o rei está nu!”.
Você é dono da maçã? Você sabe que não é! Você é dono da vaca? Você sabe que não é! Você é dono da galinha? Você sabe que não é! Você é dono da terra? Você sabe que não é! Você é dono de alguma coisa? Você sabe que não é! Mas você vive como se fosse. Todos fingem que o rei está vestido com roupa de fios de ouro e diamantes, então, você finge também. Todos fingem que são donos da maçã, da vaca, da galinha e da terra, então, você finge também.
Olhe para o céu. Se for noite, você verá a lua. Me diga, quem é o dono da lua e de tudo contido nela? Se for dia, você verá o sol. Me diga, quem é o dono do sol e de tudo contido nele? Olhe para o planeta terra. Me diga, quem é o dono do planeta terra e de tudo contido nele? Olhe para o universo. Me diga, quem é o dono do universo e de tudo contido nele?
Não existe propriedade no universo. Quando você se coloca como proprietário de algo no universo, você está fazendo uma apropriação indébita. Ninguém é dono de porra nenhuma. Porrísssima nenhuma! Ninguém é dono nem do próprio cu. Não existem donos no universo, todos os seres do universo são inquilinos.
Se você fosse proprietário de alguma coisa no universo, essa coisa seria eternamente sua e jamais poderia ser retirada de você. Contudo, é justamente o contrário, quando você nasce, você vem do nada possuindo nada. O universo te empresta um pequeno capital chamado corpo para que você possa brincar de ser humano, mas tão logo termina esse empréstimo, o universo retira tudo que você acreditava possuir e você volta ao nada sem nada.
Não existe propriedade no universo. Contudo, no sistema capitalista, tudo tem dono. Como isso é possível? Simples! Através da força. Pense na colonização do Brasil, por exemplo. O Brasil era terra de ninguém. Daí chegaram os portugueses e determinaram que aquelas terras de ninguém eram portuguesas. O que os portugueses tiveram que fazer para garantir a posse? Tiveram que construir fortes no litoral, colocar canhões nas muralhas e soldados armados vigiando.
Tudo que é anti-natural requer força (esforço). Segure uma pedra na mão. Para que essa pedra continue na sua mão é preciso esforço, você precisa ficar segurando a pedra. Flutuar é anti-natural para a pedra. Abra a mão. A pedra cai sozinha, sem você precisar fazer esforço. O natural para a pedra é ficar no chão. O natural para o universo é ser comunista (comum a todos). Propriedade é anti-natural, por isso o capitalismo só sobrevive mediante aplicação de força.
Por que você acha que existem guerras? Existem para garantir a propriedade. Por que você acha que existe polícia? Existe para garantir a propriedade. Por que você acha que existem leis que determinam prisão e outras punições para “infratores da propriedade”. Existem para garantir a propriedade. O capitalismo é um sistema armado porque sem o uso da força é impossível manter qualquer funcionamento anti-natural funcionando.
Era uma vez um reino em que todos os habitantes viviam de forma natural, lúcida e saudável. Até que uma cobra venenosa caiu dentro do poço que alimentava o reino. A água do reino ficou envenenada. Quando um habitante bebia da água do poço, ficava doente e louco. Em pouco tempo, todos beberam da água e ficaram doentes e loucos. Menos o rei, que bebia água de um poço que ficava embaixo do seu trono.
Quando os loucos viram o comportamento lúcido do rei, consideraram que o rei estava louco e tentaram matá-lo. Para não ser assassinado, o rei foi até o poço envenenado, bebeu da água do poço e também ficou louco e doente.
Por um tempo, a normalidade voltou ao reino. Até que nasceu uma nova criança. A nova criança era natural, lúcida e saudável e, por isso, interrompeu a normalidade do reino. Para restaurar a normalidade, o rei ordenou que a criança bebesse água envenenada. E para que a normalidade permanecesse para sempre, o rei decretou que todas as crianças recém-nascidas deviam ser batizadas com água envenenada após o nascimento.
Não existe propriedade no universo. Acreditar em propriedade é loucura. Mas todos os seres do planeta terra foram batizados no capitalismo. Por isso que o capitalismo é normal. O capitalismo não é apenas um sistema econômico, é a programação mental base da identidade social.
O capitalismo é uma programação mental tão básica como o idioma que você fala. Você fala português por que aprendeu na escola? Claro que não! Você fala português porque nasceu em uma coletividade em que as pessoas falam português. Você aprendeu português por osmose. Analogamente, você é capitalista porque nasceu em uma coletividade em que as pessoas acreditam em propriedade. Você é capitalista por osmose.
Quando digo que não existe propriedade no universo, estou falando o óbvio na linguagem do óbvio. É óbvio que não existe propriedade no universo. Mas para sua mentalidade capitalista, propriedade é tão normal, mas tão normal, que é considerada natural. Então, quando sua mentalidade capitalista escuta essa obviedade, é como se eu estivesse falando grego. Ou pior! É como se eu estivesse falando uma língua alienígena.
Na época da escravidão, as pessoas eram a favor da escravidão e contra o fim da escravidão. Ninguém via erro em escravizar o outro ser humano. Era normal, saudável e honroso ser escravocrata, dono de seres humanos. Para que a escravidão tivesse fim, foram necessárias guerras civis. Pense nisso e pense na normalidade do capitalismo.
A galinha não é propriedade de ninguém. Não existe propriedade no universo. Ninguém é dono da galinha. Mas você acredita que a galinha é propriedade sua. Você diz: “É minha galinha”. Então, quando a galinha bota um ovo, você acredita que o ovo é seu. Você vende seu ovo por 10 reais para o João da mercearia. Você tem 10 reais de lucro sobre um ovo de uma galinha que nunca foi e jamais será propriedade de ninguém.
Ao pagar 10 reais para você, João passa a acreditar que se tornou proprietário do ovo de uma galinha que nunca foi e jamais será propriedade de ninguém. E como ele pagou 10 reais por essa propriedade, João revende o ovo por 15 reais para Pedro. João tem 5 reais de lucro sobre o ovo de uma galinha que nunca foi e jamais será propriedade de ninguém.
Lucrar é aumentar a mentira da propriedade através da crença na propriedade. Você tem zero propriedade, mas através da crença na propriedade, se tornou proprietário de uma galinha e de um ovo, que você, enganosamente, trocou por 10 reais. João, que também acredita em propriedade, comprou sua mentira e a aumentou em 5 reais. Ora, sendo assim que funciona o capitalismo, o que os seres humanos fazem quando lucram? Enganam e exploram uns aos outros.
Exploração econômica é tipo um estupro econômico. Ao vender o ovo por 10 reais para João, você está enganando e estuprando João 10 vezes, pois a galinha não é, nunca foi e jamais será propriedade sua. Só que João não pode ficar no prejuízo desse estupro. Então, o que João faz? João estupra pedro 15 vezes, o que lhe dá 5 estupros de lucro.
Eis a realidade nua e crua do capitalismo: estupro legalizado. Se a moeda mundial se chamasse “estupro” ao invés de “dólar”, ficaria explícita a realidade do capitalismo. Os grandes proprietários teriam bilhões de estupros na conta bancária. Os miseráveis seriam pessoas que não conseguem estuprar ninguém, são apenas estuprados.
Claro que não é assim que a mentalidade capitalista enxerga a si mesma. No idioma capitalista, lucro é santidade, virtude, heroísmo. Lucrar não é errado, é a coisa certa a se fazer. Todos, absolutamente todos os seres humanos, querem lucrar. Desde o bilionário até o miserável. Afinal, todos foram programados desde o nascimento para viverem acreditando na propriedade e no capitalismo. Tudo que um ser programado pode fazer é seguir o programa.
Por isso que a solução para o capitalismo e seus males sociais está no despertar da consciência. Enquanto o ser humano ignorar que é adepto e praticante do estupro econômico legalizado, não tem como ele abandonar essa prática.
Como disse no capítulo de introdução, a função desse livro não é doutrinária, não é propor um sistema para substituir o capitalismo. A função desse livro é ajudar você (leitor) a despertar a consciência. Dói ficar consciente que você é adepto e praticante do estupro econômico legalizado. Vai contra tudo que você foi programado a acreditar. Mas sem essa dor consciencial, não tem conscientização. Sem conscientização, não tem mudança.
Trecho do Sermão Aos Peixes, de Padre Antônio Vieira
… Vos comeis uns aos outros, peixes! Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comessem os grandes, bastava um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. Tão alheia cousa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer! …
… Porém, muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os homens. Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer e como se hão-de comer…
… Morreu algum deles, vereis logo tantos sobre o miserável a despedaçá-lo e comê-lo. Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários, comem-no os acredores; comem-no os oficiais dos órfãos e os dos defuntos e ausentes; come-o o médico que o curou ou ajudou a morrer; come-o o sangrador que lhe tirou o sangue; come-a a mesma mulher, que de má vontade lhe dá para a mortalha o lençol mais velho da casa; come-o o que lhe abre a cova, o que lhe tange os sinos, e os que, cantando, o levam a enterrar; enfim, ainda o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra …
… Já se os homens se comessem somente depois de mortos, parece que era menos horror e menos matéria de sentimento. Mas para que conheçais a que chega a vossa crueldade, considerai, peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós. Vivo estava Jó, quando dizia: «Por que me perseguis tão desumanamente, vós, que me estais comendo vivo e fartando-vos da minha carne?» …
… Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o estão comendo. Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido. São piores os homens que os corvos …
Por que você é classe baixa? Porque você não tem carro e nem geladeira. Por que você é classe média? Porque tem um carro e uma geladeira. Por que você é classe alta? Porque tem dois carros e duas geladeiras.
É a lógica capitalista que divide a sociedade em classes. Se você é classe média, tem muitos proprietários acima de você, lucrando com você. Você está tomando no cu com o capitalismo. Então, por que você continua fiel ao capitalismo? Porque você está fodendo todo mundo que está abaixo de você. Igual na metáfora do filme “O poço”.
Se você é classe baixa, sempre tem alguém abaixo de você, então, você também continua fiel ao capitalismo. Se você está lá em baixo, no fundo do poço, abaixo da linha da miséria, tomando no cu de tudo e de todos, por que você continua fiel ao capitalismo?
Primeiramente, por ignorância. Você foi programado para acreditar e ser fiel ao capitalismo. Depois, por medo da polícia. Criminosos são pessoas que moram no fundo do poço, que cansaram de tomar no cu e preferem arriscar a vida desafiando a polícia. Claro que tem criminosos da classe alta, mas esses não são sequer considerados criminosos.
O símbolo da justiça é uma mulher com os olhos vendados segurando uma balança. A venda nos olhos simboliza a imparcialidade, a balança representa equilíbrio igualitário (divisão). Como fica isso num exemplo concreto?
Imagine uma sociedade com 1000 sócios. Imagine uma pizza. Se pedirmos para a justiça dividir a pizza entre os sócios, a justiça, por ser igualitária, irá dividir a pizza em 1000 pedaços, e por ser imparcial, irá fazer isso indiscriminadamente, sem diferenciar os sócios de forma alguma.
Olhe para a sociedade humana. É isso que acontece? Óbvio que não! Colocando em escala, na sociedade humana um sócio é proprietário de 999 pedaços de pizza, enquanto os 999 sócios restantes lutam e se matam pelo pedaço de pizza restante. A propriedade e o capitalismo são os motores da injustiça social. Simples assim. Óbvio assim. Só não vê quem não quer.
Poesia na orelha / Pimenta no olho alheio / Não tenho receio / Sou culpado / Sei que devo / Não vou negar / Mas chega de falar / da boca pra fora / Remendo de pano / E assim a gente vai levando / Até Freud explica / Deixa está / pra ver como é que fica / Bota um pano quente / Quem sabe um dia / de repente / Bode expiatório / E o provisório vira permanente
Poesia na orelha / Não tô aqui pra agradar ninguém / Faço parte sou também / É nois! Queiros / Eis a verdade / ultima e primeira / Coletividade / Pelada / nua e crua / fodida / E brasileira / Descabelada / encardida / filha de mãe solteira / Pedindo esmola no sinal / fechado / Cheirando cola / Numa sacola de supermercado
Há de chegar / Há de chegar o dia / Em que tudo que eu diga / seja poesia
Imagine que você more em um prédio. No prédio que você mora, tem as leis do condomínio. Só que as leis do condomínio não podem desrespeitar as leis municipais. E as leis municipais não podem desrespeitar as leis estaduais. E as leis estaduais não podem desrespeitar as leis nacionais. Então, quando você é regido por uma lei de condomínio, você nem sabe, mas você também está sendo regido por leis municipais, estaduais e federais.
Acima de todas as leis humanas, estão as leis naturais, e acima das leis naturais, estão as leis universais.
O artigo primeiro da lei universal diz: DEMOCRACIA UNIVERSAL (tudo pode).
O artigo segundo da lei universal diz: COMUNISMO UNIVERSAL (ninguém é dono de nada).
Qualquer ser do universo que vai contra uma lei universal, vive mal, pois o universo funciona de forma universalista. Por isso, é sábio viver em acordo com as leis universais. As leis humanas, devido a ignorância dos seres humanos, são anti-universais. Por isso produzem mal viver e má convivência.
Ouça o grito da panela / Ouça o grito da favela / Ouça o grito do feijão / Ouça o grito da contradição / Ouça o grito da infância / Ouça o grito ambulância / Ouça o grito carne-seca / Ouça o grito enxaqueca
Apito da dor / Maldito incolor / Zumbido de abelha / Mosquito na orelha
Ouça o grito prometeu / Ouça o grito prometido / Ouça o grito que nasceu / Ouça o grito falecido / Ouça o grito que dispara / Ouça o grito que despreza / Ouça o grito na sua cara / Ele vale quanto pesa
Ouça o berro boi-bumbá / Ouça o ferro incandescente / Ouça o medo de amar / Ouça o ranger dos dentes
Apito da dor / Maldito incolor / Zumbido de abelha / Mosquito na orelha
Há muito tempo, no Planeta Dono, havia uma civilização que vivia em busca da propriedade. Ninguém jamais havia visto ou encontrado a tal propriedade, mas todos a buscavam freneticamente. Haviam também lendas, livros, histórias e músicas sobre a propriedade.
Nada era mais real e importante do que ser dono, então, todas as manhãs, todos os habitantes vestiam roupas de corrida, tênis e percorriam o planeta em busca de propriedades. Nunca encontravam. Voltavam exaustos e frustrados para suas casas. Mas não desistiam.
Falsos encontros aconteciam. Alguns habitantes acreditavam serem donos de esposas, de maridos, de filhos, de fortunas, de cidades, de países, de sociedades, etc. Mas fosse o que fosse, a propriedade sempre sumia do dia para noite. Após cada desaparecimento, eles se perguntavam: “Quem mexeu na minha propriedade?”. Haviam respostas cientificas, filosóficas, antropológicas, místicas, mas nenhuma resolvia.
Na ânsia desesperada de possuírem alguma coisa, os habitantes do Planeta Dono passaram a colidir uns com os outros. Para evitar as trombadas, decidiram se dividir em buscadores de direita e buscadores de esquerda, regidos por leis de trânsito e sob pena de morte.
Foi nessa época, que a civilização do planeta Yellow Submarine veio conversar com os habitantes do Planeta Dono e explicou para eles que propriedade era crença, que só existia dentro da cabeça deles. A princípio, todos repudiaram a explicação, mas como só conseguiam fracassar na busca, aos poucos foram desistindo de acreditar em propriedade.
E foi assim que o Planeta Dono se transformou no Planeta Imagine.
O guru indiano, conhecido como Osho, era famoso por ter 93 carros Rolls-Royce. O Rolls-Royce é um dos carros mais caros do mundo, custa em torno de um milhão de dólares. Como ele conseguiu esses carros? Ganhou de presente de seus alunos milionários. Por que os alunos lhe deram presentes tão caros? Porque receberam algo mais valioso em troca. Mas o que pode ser mais valioso que um milhão de dólares? A resposta é: espiritualidade.
Você, assim como a esmagadora maioria dos seres humanos, acredita que felicidade é ser rico. Sendo que você vive na miséria, ou muito próximo dela, isso não é de se espantar. Mas comportamentos como dos alunos ricos do Osho demonstram que isso é um equívoco. Se riqueza fosse mesmo sinônimo de felicidade, os alunos do Osho sequer seriam seus alunos e pessoas ricas jamais sofreriam de depressão.
Você acredita que felicidade é ter. E não me refiro apenas a ter coisas, me refiro a tudo que você pode ter. Você acredita que felicidade é ter razão, ter fama, ter diploma, ter prazer, ter importância, ter curtidas, etc. Mas se felicidade fosse ter, por que você não é feliz com o que tem? Por que sempre quer ter mais? Por que não é feliz com 10 curtidas? Por que precisa ter um milhão? A resposta é porque felicidade não é ter, é ser.
Imagine que você coloque uma foto falsa no seu perfil. Você recebe um milhão de curtidas dizendo que você é lindo. Que felicidade tem em receber um milhão de curtidas assim? Nenhuma! Por que não? Porque a pessoa na foto não é você.
Espiritualidade é ser. Quando você troca o ser pelo ter, joga fora a única coisa que tem de verdade: você (ser). É por isso que o rico procura o monge, mas o monge não procura o rico. O monge não tem nada, mas é feliz. O rico tem tudo, mas é infeliz. O rico quer ter o que o monge tem, mas que o dinheiro não consegue comprar. Osho ajudou seus alunos a perceberem isso e em retribuição lhe deram 93 símbolos do que descobriram.
Se engana quem pensa que o Deus humano é o dinheiro. Dinheiro não é objetivo. Ninguém come dinheiro. Dinheiro é apenas meio para se chegar ao fim: ter.
A verdadeira religião humana é a propriedade. Tanto é assim que os seres humanos acreditam que são só humanos (só corpos) e não seres humanos.
Toda a cultura humana é tenhocêntrica. Nem a cultura espiritual escapa disso. O tão prometido reino dos céus, por exemplo, nada mais é do que a troca do ter-físico pelo ter-metafísico.
A lógica do tenhocentrismo é: valor = ter. Quem tem é valoroso. Quem não tem é sem valor. Logo, se você não tem, não vale nada.
Quer você esteja consciente ou não, você foi programado para ser tenhocêntrico. Então, toda sua busca por ter, na verdade, é uma busca por valor. Você quer ter dinheiro para ter valor, quer ter esposa, marido, casa e filhos para ter valor, quer ter razão para ter valor, quer ter poder para ter valor, quer ter fama para ter valor, quer ter aplauso e likes para ter valor, etc.
“Sempre em frente! Não temos tempo a perder!” diz o tenhocentrismo. Mas em frente para onde? E para quê? Para ver quem chega mais rápido e rico ao cemitério?
Eu sei! Não é fácil sair do tenhocentrismo. É uma mentalidade básica e muito arraigada que vive sob a proteção de outra quase incontestável: o materialismo. Mas você pode sair praticando autociência. É como arrancar a pele, mas é possível.
Economia é troca-troca. Você tem duas moedas de troca: bens e trabalho. Se você não tem bens, só lhe resta trocar trabalho. Mas sendo que atualmente a maioria dos trabalhos podem ser executados por máquinas e computadores — que são escravos perfeitos, pois trabalham 24 horas sem receber nada em troca — se o seu trabalho for do tipo que pode ser executado por um escravo perfeito (máquina), na lógica do troca-troca (economia): nem para escravo você serve.
Vou usar a história da cigarra e da formiga para explicar o futuro do trabalho. Se você desconhece essa história, pesquise na internet antes de continuar a leitura.
Dentro de você existem duas entidades que estão em constante conflito: a formiga e a cigarra.
Para a formiga (dentro de você) só importa o que tem utilidade. “Winter is coming”, como diria John Snow. “Não temos tempo a perder”, como diria Renato Russo. O lema da formiga é: sobrevivência.
É a formiga (dentro de você) que te obriga a ir para escola, mesmo não querendo, estudar para o vestibular, mesmo não querendo, fazer quatro anos de engenharia, mesmo não querendo, arranjar um emprego chato, muito chato, e ir para esse emprego todo dia igual vaca indo para o curral dar leite.
Vida de formiga é estressante e tediosa. Formiga faz o que tem que fazer, não o que gostaria de fazer. Formiga cumpre as obrigações e executa as tarefas. Não existe diferença entre uma formiga e um robô. A única diferença é que a formiga sofre com sua vida de robô e o robô não sofre com sua vida de formiga.
Nietzsche, em um dos capítulos do livro “Assim falou Zaratustra”, chamou a formiga (dentro de você) de “camelo”. O deserto da sobrevivência é escaldante, seco e imenso. Para atravessá-lo é preciso ser um camelo. Não há tempo nem espaço para inutilidades durante a travessia de um deserto.
Camelo não toca violão, não joga baralho, não faz jardinagem, não estuda filosofia, não conversa fiado com os amigos, não faz festa do pijama. Camelo camela. Só isso. Vida de camelo é camelar, trabalhar, igual formiga.
A outra entidade dentro de você é a cigarra, que vive de forma oposta a formiga. O lema da cigarra é: felicidade. É a cigarra (dentro de você) que toca violão, joga futebol, faz yoga, faz crochê, faz bolo de cenoura com chocolate, desenha com lápis de cor, namora, faz sexo, pensa na vida, escreve literatura. Enfim, tudo que você faz e não tem utilidade nenhuma além de ser feliz fazendo, é obra da cigarra (dentro de você).
Claro que você gostaria de ser cigarra o tempo todo. Vida de formiga é escravidão, com senzala, corrente, chicote, igual foi a escravidão dos negros. Você só vive uma vida de formiga porque tem que trocar seu tempo por dinheiro, para depois trocar por comida, para assim poder sobreviver.
Você mora na cidade. Na sua casa não tem nem quintal para plantar um pé de alface. Como você vai se alimentar? Por isso você aceita se tornar escravo desse senhor de engenho chamado “dinheiro”.
Mas e se isso acabar? E se você não precisar mais trocar seu tempo por dinheiro? E se você se tornar dono do seu tempo e puder fazer o que bem entender com ele? Mesmo que for passar o dia inteiro deitado na rede olhando para o teto? Enfim, e se você puder se ocupar, em tempo integral, tão somente de ser feliz? Só vida de cigarra, sem formiga?
“Ah, isso é impossível!”, você pensa. Pois pense novamente. E comece pelos eletrodomésticos. Por que inventamos cada vez mais e melhores eletrodomésticos? Para que servem? Eletrodomésticos libertam você das obrigações e necessidades de sobrevivência.
A máquina de lavar te liberta da necessidade de lavar a roupa e te dá tempo para fazer o que quer. O aspirador de pó te liberta da necessidade de varrer o chão e te dá tempo para fazer o que quer. A cafeteira te liberta da necessidade de fazer café e te dá tempo para fazer o que quer. E assim por diante.
Você acha que a produção de eletrodomésticos vai aumentar ou diminuir? Você gostaria de parar de usar a máquina de lavar roupa e voltar a lavar roupa manualmente? Claro que não! Você iria perder no mínimo um dia para fazer algo que a máquina de lavar faz em uma hora.
Os eletrodomésticos vão aumentar cada dia mais para que você se liberte cada vez mais do trabalho de formiga e possa ser feliz cigarreando.
Mas a automação do trabalho não está e não continuará aumentando só com os eletrodomésticos, está e continuará aumentando em todos os campos da sociedade através da IA (inteligência artificial). Em breve, muito em breve, robôs estarão fazendo todos os trabalhos.
Sua vida de formiga está com os dias contados. Isso não é mais questão de “se”, é questão de “quando”. E esse “quando” já é semana que vêm.
“Vou perder meu emprego!”, você pensa preocupado. Sim, vai. Assim como já é ano novo na Austrália, você já perdeu seu emprego no futuro. Lá no futuro já tem um robô fazendo tudo que você faz. Absolutamente tudo, com muito mais rapidez e eficiência. Mas tem uma coisa que nenhuma inteligência artificial consegue fazer: ser feliz.
Felicidade é exclusividade humana. Não tem eletrodoméstico nem IA capaz de ser feliz. Felicidade será seu único e exclusivo trabalho do futuro. Tempo integral no ofício de ser feliz.
“Trabalhadores do mundo, uni-vos”, disse Karl Marx, convocando o povo para a revolução trabalhista. Mal sabia ele que essa revolução seria feita pela IA, sem nenhum conflito e estado opressor.
A segunda Lei Áurea está sendo assinada pelos robôs. A IA está surgindo para libertar os seres humanos da escravidão do trabalho com fins lucrativos.
No futuro ninguém mais precisará trocar tempo por dinheiro. Os eletrodomésticos, as máquinas e robôs proverão tudo o que é necessário para a sobrevivência humana.
Essa é a boa notícia. A má notícia é que você não tem qualificação para o ofício de ser feliz. Você viciou na vida de formiga e não sabe mais ser cigarra. E tudo bem! Faz parte do processo de transição. Com a prática você irá aprendendo o ofício da felicidade.
“Minha avó era uma pessoa maravilhosa. Ela me ensinou como jogar o jogo Banco Imobiliário. Ela entendeu que o objetivo do jogo é comprar. Ela acumulava tudo o que podia e finalmente dominava o tabuleiro. E no final, todas às vezes, ela tomava o meu último dólar e eu terminava totalmente derrotado. E ela sempre me dizia a mesma coisa. Ela me olhava e dizia:
“Um dia você vai aprender a jogar o jogo…”
Em um verão, eu joguei Banco Imobiliário com um vizinho quase todos os dias,
o dia inteiro, jogamos Banco Imobiliário por horas. Naquele verão, eu aprendi a jogar o jogo. Eu compreendi que a única forma de ganhar é fazer um comprometimento total com a aquisição. Eu compreendi que dinheiro e posses eram as formas de você marcar pontos.
No final daquele verão, eu fiquei mais impiedoso que a minha avó. Eu estava prestes a driblar as regras, se fosse preciso, para ganhar aquele jogo. E eu me sentei com ela para jogar, naquele outono. Eu tomei tudo o que ela tinha, eu acabei com ela financeiramente e psicologicamente.
Eu a vi dar seu último dólar e terminar totalmente derrotada. E então ela tinha algo a mais para me ensinar. Ela disse: “Agora tudo volta para dentro da caixa. Todas aquelas casas e hotéis, todas as ferrovias e empresas de serviços, todas as propriedades e todo esse dinheiro maravilhoso. Agora tudo volta para dentro da caixa.”
Eu não queria que voltasse para dentro da caixa. Ela disse: “Nada disso foi realmente seu. Você se empolgou muito com isso por um momento, mas tudo já estava aqui muito antes de você se sentar ao tabuleiro e continuará aqui depois de você ir embora. Jogadores vêm e vão. Mas tudo volta para dentro da caixa. Casas e carros… Títulos e roupas… Galpões cheios… Portfólios inchados… Até mesmo o seu corpo. Porque a verdade é que tudo o que você pega, consome e guarda, volta para dentro da caixa e você perde tudo”.
Quando você conseguir finalmente a melhor promoção, quando você fizer a melhor compra, quando você comprar a melhor casa, quando você conseguir segurança financeira, e tiver subido a escada do sucesso até o degrau mais alto que você puder alcançar… e a emoção acabar… e ela irá acabar…. E depois? Quão longe você precisa seguir nesta estrada antes de você perceber até onde ela leva. Certamente que você entende que nunca será o suficiente. Portanto, você precisa se perguntar: O que é importante?
A resposta não é dinheiro. A resposta não está nos mercados. A resposta não está no socialismo, anarquismo, conservadorismo, comunismo, ou qualquer outro – ismo – A resposta emerge do desdobramento contínuo da natureza. A resposta emerge da nossa crescente habilidade de fornecer abundância. Apenas precisamos ir além das coisas que servem para nos separar. Como religiões e divisões étnicas, classes econômicas, ideologias políticas e nações.
As mãos de muitos devem se unir como uma só e juntos nós cruzaremos o rio. Para ajudar a construir uma sociedade que transcenda a pobreza, a política e a guerra… Então, na próxima vez que “Tudo voltar para dentro da caixa”, conseguiremos deixar tudo lá.
Discurso de John Ortberg
Não existe propriedade no universo. O universo é comunista (comum a todos). Foi basicamente isso que procurei deixar evidente através de tudo que está explicado nesse livro. Se você leu esse livro e ficou envergonhado de ser humano: meus parabéns. Seu adormecimento tem reversão e você deu um passo para fora da ignorância. Se você leu esse livro e não concorda com nada do que foi explicado aqui, seu adormecimento é profundo e provavelmente irreversível: lamento.
Estudo do ser humano no aspecto existencial, psicológico, pessoal e social.
Aula do ciclo de estudos de autociência EUreka 2024 – 1ficina