Crenças são explicações que nascem da ignorância e só sobrevivem na ignorância. Você só acredita quando ignora. Quando é óbvio, acreditar é impossível, pois a própria evidenciação é a explicação.
Quando você é criança, por exemplo, você ignora como nasceu. Então, você vai perguntar sobre seu nascimento a alguém que, segundo sua memória, já existia antes de você existir. Você pergunta aos seus pais: “Como eu nasci?”.
Seus pais decidem que não é apropriado lhe apresentar ao óbvio ainda e respondem: “Uma cegonha trouxe você”. Para reforçar essa crença, eles lhe mostram uma linda ilustração. Você acredita por ignorar o óbvio.
Passado algum tempo, se você é homem, você introduz o óbvio em sua parceira, ou então, se você é mulher, o óbvio é introduzido em você. Nove meses de gestação. Nasce seu filho. Morre a crença na cegonha.