Fiz faculdade de comunicação. Fazia parte do curso ter aulas de propaganda e marketing. Logo na primeira aula dessa matéria, um professor com cara de integrante do clube da luta (ops! quebrei a primeira regra) perguntou para a classe cheia: “Qual é a coisa mais cara do mundo?”.
O povo começou a listar produtos de grifes famosas: “Uma Ferrari, um colar de diamantes, um relógio suíço, etc”. O professor foi balançando a cabeça em sinal negativo para cada um dos produtos listados. Depois de 10 minutos de fracasso coletivo, o professor respondeu: “A coisa mais cara do mundo é o seu tempo”.
Ninguém entendeu a resposta. O professor explicou: “10 segundos do seu tempo de telespectador, na Rede Globo, no horário nobre, custa 100 mil reais. Ou seja, seu tempo custa 10 mil reais por segundo”.
Eu não lembro o valor exato, mas era algo assim, espantoso, de fazer cair o cu da bunda. Os alunos ficaram de pau duro, sonhando com o poder da profissão. Eu lembrei da música dos Engenheiros do Hawaii: “Um dia me disseram / que as nuvens não eram de algodão / sem querer eles me deram / as chaves que abrem essa prisão”.
Nesse dia, comecei a abrir mais um pedaço da minha prisão mental. Estou contando isso para que você possa abrir mais um pedaço da sua também. Mas vamos por partes, porque tem várias grades e vários cadeados nessa prisão. Um cadeado está aberto, vamos para o próximo.