Você entende e aceita que é criador da sua realidade até certo ponto. Quando você vai almoçar em um restaurante, por exemplo, você escolhe batata, feijão, cenoura, tomate, etc, e assim cria sua refeição. Nesse caso, você entende e aceita que você é o criador da sua realidade. Extrapolando essa ideia para outras áreas, você escolhe seu namorado, esposa, emprego, casa, roupa, amigo, etc. Nesses casos, você também entende e aceita que você é o criador da sua realidade.
Mas entender que você é criador da sua realidade não se limita a entender que você lida com pessoas, situações e coisas. Entender que você é criador da sua realidade, significa que você cria tudo, toda a realidade, 100%, sem exceção. Usando o exemplo do restaurante, entender que você é criador da sua realidade, é entender que você cria as paredes do restaurante, as mesas, as cadeiras, os talheres, o chão, a mão segurando o prato, tudo que você experimenta e chama de realidade.
“Se sou o criador de tudo na minha realidade, então, eu crio a matéria?”, você pergunta. A resposta é sim e não. Sim, porque você cria tudo que você experimenta. E não, porque matéria não é material, não é coisa física. Matéria é experiência de fisicalidade.
Este entendimento é a revolução que muda tudo sem mudar nada. Nada muda porque matéria sempre foi experiência de fisicalidade, nunca foi outra coisa, nunca será, você é que tem ignorado isso. Tudo muda porque uma coisa é entender que matéria é material, outra coisa é entender que matéria é experiência de fisicalidade.
Ao acreditar que matéria é material, você passa a acreditar que você também é material, ou seja, corpo. Você pensa assim: “Realidade é material. Eu sou material também. A realidade contém toda matéria e me contém também. Eu sou um corpo material contido na realidade e interagindo com outros corpos materiais contidos na realidade.”
Isso é um equívoco. Realidade não lhe contém, você é que contém sua realidade. Quando você entende que matéria é experiência de fisicalidade, o fluxo da criação vira do avesso. Você entende assim: “Matéria é experiência de fisicalidade. Eu sou criador da minha experiência de fisicalidade. Fisicalidade é um aspecto da realidade que experimento. Eu não sou matéria, nem estou contido na realidade, é a realidade que está contida em mim.”
Quando você se entende como corpo, como matéria, é inevitável que você entenda que o criador da sua realidade é outro. Esse outro pode ser a natureza, o universo, os átomos, a vida, deus, o caos, enfim, algum outro, menos você. Isso é outroísmo.
O problema do outroísmo é que se você não é o criador da sua realidade, então, sua realidade não tem relação causal com você. Se sua realidade não tem relação causal com você, como e porque estudar uma relação causal que não existe? Ou seja, se você não é o criador da sua realidade, buscar autoconhecimento é uma contradição.
Matéria é ilusão. Mas por que matéria é ilusão? Matéria é ilusão porque é experiência. E por que experiência é ilusão? Experiência é ilusão porque é efeito.
Imagine um filme em uma tela de cinema. O filme na tela é ilusão. Por que o filme na tela é ilusão? Porque não é o filme na tela que está criando o filme na tela, o filme na tela não é a fábrica do filme, o filme na tela é efeito. A fábrica do filme na tela é o projetor. O projetor existe sem o filme na tela, mas o filme na tela não existe sem o projetor.
Experiência é ilusão porque é efeito.
Realidade é ilusão. Ilusão = realidade = efeito. Mas isso não significa, de modo algum, que sua realidade deva ser ignorada e desconsiderada. Pelo contrário, muito pelo contrário, muitíssimo pelo contrário, sua realidade deve ser sempre considerada, pois ela é efeito, e não é desconsiderando o efeito que você estuda a relação causa e efeito.
Nada é nada? Sim e não. Sim, porque se nada fosse alguma coisa, não seria nada, seria alguma coisa. E não, porque nada é potencial para tudo, para toda realidade. Nada é tudo-potencial, tudo é nada-realizado. Nada é a fábrica de tudo.
Você é nada e tudo. Todo ser é nada e tudo. Criador e criatura. Viver é brincar de se transformar em tudo.
Tudo sai do nada. Tudo que você experimenta sai do seu potencial. Por exemplo, se você é músico e está criando uma música, você é nada criando um tudo. Que tudo? A música. A música é sua realização, é você em forma de música. Imagine a natureza humana como sendo um instrumento musical. O que é sua realidade? Realidade é a música que você está criando e por isso, ouvindo, ou seja, experimentando.
Realidade é ilusão, mas é imprescindível para você viver bem, pois é só através do estudo do efeito que você pode obter conhecimento de causa. E para que serve conhecimento de causa? Serve para você melhorar a qualidade do efeito, ou seja, melhorar a qualidade da sua realidade. Vamos usar uma analogia para entender melhor isso.
Um sonho é uma ilusão. Por quê? Porque um sonho não é fábrica de si, sonho é produto. E qual é a fábrica do sonho? A fábrica do sonho é você, sonhador. Porém, se você não fosse o sonhador dos seus sonhos, que utilidade e sentido teria estudar a relação dos seus sonhos com você? Nenhuma! Sua realidade é como um sonho. Você é um sonhador. A realidade que você experimenta é a realidade que você cria para si.
É por isto que a prática da autociência é realizada através da investigação da relação causal entre você e sua realidade.
Tem bolo redondo e tem bolo quadrado. Por que um bolo é redondo e outro é quadrado? De onde vem a forma do bolo? A forma do bolo vem da fôrma. O bolo quadrado é quadrado porque a fôrma que o formou era quadrada. O bolo redondo é redondo porque a fôrma que o formou era redonda. O bolo tem a forma da fôrma. Só que forma é explícita e fôrma é implícita.
Observe sua realidade como sendo um bolo. Se sua realidade tem forma, então, tem fôrma. Mas cadê a fôrma? Percebe? Você não vê a fôrma que forma sua realidade porque a fôrma da sua realidade também é implícita. Para entender isso, vamos melhorar a metáfora.
Pense em uma imagem na tela do seu computador. A imagem na tela do computador é forma. Se é forma, tem uma fôrma. Mas cadê a fôrma que forma a imagem na tela do computador? A fôrma da imagem é o programa do computador.
Analogamente, assim como um computador usa uma fôrma chamada PROGRAMA para criar imagens na tela, você usa uma fôrma chamada NATUREZA HUMANA para criar a realidade que você experimenta. E assim como você não vê o programa que forma a imagem na tela do computador, você também não vê sua NATUREZA HUMANA.
Certa vez, fui visitar um amigo. Quando cheguei na casa dele, ele estava olhando fixamente para um rádio que ficava em cima da mesa. Mas não era um olhar comum, corriqueiro, habitual, era um olhar espantado.
— O que foi? — perguntei ao meu amigo.
— Esse rádio é mal-assombrado — ele respondeu.
— Como assim? — perguntei.
— Liga o rádio pra você ver! — ele me disse.
Eu liguei o rádio e começou a tocar uma música da Elis Regina.
— Está tocando Elis Regina — eu falei.
— A Elis Regina é viva? — ele me perguntou.
— Não, ela já morreu! — respondi.
— Está vendo! Esse radio é mal-assombrado, toca Elis Regina, Vinícios de Moraes e Tim Maia. Tudo gente morta. Toca até Beethoven, que já morreu faz séculos.
Comecei a dar risada. Meu amigo sabia o motivo do rádio tocar música de gente morta. Ele era músico e entendia de gravação. Mas o espanto do meu amigo era cientificamente pertinente.
— A bruxaria fica pior — ele me disse.
— Pior, como? — eu perguntei.
— Eu passo o dia inteiro escutando esse rádio e escuto pelo menos umas duzentas músicas por dia nele. Só que…
— Só que o quê?
Meu amigo pegou uma chave de fenda, desparafusou o rádio e retirou a carcaça de plástico que cobria os componentes eletrônicos.
— Olha só isso! — ele me disse.
— São os componentes eletrônicos do rádio — eu falei.
— Sim, mas cadê as músicas que ouço saindo daí de dentro? Se não estão aí dentro, como podem sair daí de dentro?
Caí na gargalhada. Meu amigo também.
Contei essa história para fazer uma analogia com o nada. Um rádio pode tocar qualquer música justamente porque não tem música nenhuma dentro dele. O nada é como um rádio, potencial para tudo. Sem o rádio não haveria música: o rádio é a fábrica de todas as músicas. Sem o nada não haveria realidade: o nada é a fábrica de todas as realidades.
Vamos à pergunta que não quer calar. Aquela que fica atravessada na sua garganta. “Então, por quê?” Essa é a pergunta. Você pensa assim: “Se sou criador da minha realidade, então, por que estou criando essa realidade que não gosto?”. Muitas vezes você experimenta realidades indesejáveis, desagradáveis, violentas, nojentas, injustas, hipócritas, etc, então, é inevitável você se perguntar: “Por quê? Se sou criador da minha realidade, então, por que estou criando essa realidade que não desejo para mim?”.
Melhor do que eu lhe dar uma resposta, vamos analisar sua pergunta. O que está implícito nessa pergunta? Está implícito que você desconhece a causa. Perguntar porque é perguntar sobre a causa. Então, o primeiro motivo de você criar uma realidade indesejada, é justamente para você se perguntar: “Qual é a causa?”. O segundo motivo é para você buscar a resposta e descobrir que realidade é efeito e que você é a causa da sua realidade.
Realidade indesejada é semelhante a uma música mal executada onde o músico erra as notas e toca fora de harmonia. Pense no seguinte, o violão tem como tocar melhor a música? Não! Pois é o músico que está tocando a música e não o violão. O violão é apenas o instrumento que o músico está usando para executar a música.
O mesmo acontece com você. Sua NATUREZA HUMANA é seu instrumento. Sua realidade é a música que você está tocando, e consequentemente, ouvindo. Assim como a causa da música mal tocada é a má execução do músico que está tocando o violão, a causa da má qualidade da sua realidade é sua má execução em ser humano.
A maestria ou falta de maestria do músico com o violão é tanto o problema como a solução da qualidade da música. Sua maestria ou falta de maestria em ser humano também é tanto o problema como a solução da qualidade da sua realidade.
Ano 3050, um repórter entrevista o cientista chefe do experimento AGORAVAI sobre a descoberta cientifica mais revolucionária de todos os tempos.
— O que foi que vocês descobriram?
— Descobrimos a PDPN.
— O que é isso?
— É a partícula fundamental da matéria.
— Que partícula é essa?
— PDPN é a Partícula De Porra Nenhuma.
— Quer dizer que tudo é feito de porra nenhuma?
— Exato! PDPN é a porra que fecunda e dá origem a tudo.
O repórter vira para câmera e encerra a reportagem:
— Pronto! Finalmente descobrimos do que tudo é feito! Eu, você, tudo e todos somos feitos de porra nenhuma! Quando imaginaríamos uma porra dessas!? Direto do AGORAVAI, fui.
Quem trata do existencial no ocidente não é a filosofia, são as religiões. Os filósofos ocidentais são materialistas e têm alergia de religião, por isso deixam de lado o existencial e pulam para o psicológico e o social. Prova disso é que Nietzsche matou Deus.
Não! O único autoconhecimento que você adquire com o despertar existencial é o autoconhecimento existencial. Você fica consciente da sua natureza existencial, só isso e nada além disso. O despertar existencial é existencial, não é psicológico, nem pessoal, logo, não produz nenhum autoconhecimento psicológico e pessoal. Para viver bem, você precisa descobrir como você funciona enquanto pessoa, para descobrir isso, você precisa praticar auto-observação psicológica e pessoal.
Sendo literal e autocientífico, esse exercício pode te conduzir a conscientização de que tudo que você chama de realidade é uma experiência. E essa conscientização pode te conduzir a iluminação.
Que distância? Qual é a distância entre você e sua realidade? Eis uma ótima prática para despertar a consciência! Observe a distância entre você e sua realidade. Pegue uma régua e procure medir a distância entre você e sua realidade. Você irá perceber que a régua também é realidade, então, não serve para você medir a distância entre você e sua realidade.
Mas você pode colocar a régua na frente do seu corpo e medir a distância entre seu corpo e a parede. Só que tanto seu corpo, como a régua, como a parede, são a mesma experiência, é a mesma realidade. O desafio é você medir a distância entre você e sua realidade. Se você faz essa prática, se faz mesmo, você desperta e percebe que não existe distância, que distância é experiência de fisicalidade.
Você é simultaneamente criador da sua realidade e a realidade que está experimentando. Não tem distância entre criador e criatura, entre observador e observado.
Imagine que você está jogando um videogame. Você é um personagem em frente uma caixa. Você abre a caixa e tem um gato dentro. O gato estava dentro da caixa antes de você abrir? Se você partir da premissa materialista que supõe que a realidade é externa, dimensional, e temporal, independente da observação, você dirá que sim. Óbvio que o gato estava dentro da caixa, caso contrário, você não teria visto o gato quando abriu.
Essa resposta está perfeita na lógica materialista. Só que você é um personagem em um videogame e não um corpo material no universo. No videogame, nenhuma realidade se faz presente na tela até que você a crie através do controle (arbítrio). Enquanto você não opta por abrir a caixa, não tem sequer a imagem do interior da caixa, pois o videogame não criou essa imagem na tela ainda. Então, pode ter um gato dentro da caixa, mas também pode ter um repolho roxo, um pote de sorvete, um sapo, uma cebola, etc, infinitas possibilidades.
Sua decisão em abrir a caixa é o tal do colapso de onda. Você opta por abrir a caixa e experimenta a realidade resultante dessa opção. A partir desse momento, e só a partir desse momento, o videogame cria a realidade do interior da caixa com um gato dentro. Se você ignorasse que está jogando um videogame, você teria a convicção de que o gato é uma coisa material dentro de uma caixa material e que ele apareceu dentro da caixa porque já estava lá dentro.
Pense em um videogame. Na realidade virtual de um videogame também tem leis da natureza, só que você sabe que são criações do videogame. Nessa experiência humana é a mesma coisa, só que você ignora que são leis do videogame humano.
Praticando auto-observação existencial. Se você observar atentamente os movimentos do mágico no vídeo abaixo, você se tornará consciente do truque que o mágico está executando. Você é um ser humano. Sua humanidade é um mágico. É sua humanidade que está produzindo o truque da experiência humana que inclui sua experiência de materialidade e externalidade. Auto-observação existencial é assistir seus próprios movimentos mentais até que o truque da materialidade e da externalidade se tornem evidentes. Uma vez que se tornam evidentes, não tem mais mágica, vira autoconhecimento.
Imagine que você (ser) e todos os outros (seres) humanos estão jogando um videogame. Todos nasceram com um óculos de realidade virtual e não conseguem tirar. Cada um está “enxergando” o mundo “externo” através dos seus óculos de realidade virtual. Vocês acreditam que existe um mundo externo, pois quando conversam, entram em acordo sobre o que estão “vendo”. Só que não tem nenhum mundo externo. Cada um está vendo apenas a telinha dos seus óculos de realidade virtual simulando um mundo externo. É mais ou menos assim.
Imagine uma televisão que nasceu assistindo a si mesma. Essa televisão vai acreditar que as imagens na tela são a tela. As imagens estão mais perto do que perto, estão na tela e a televisão nasceu assistindo as imagens, então, a televisão não tem como colocar um espaço entre a tela e a imagem. Até porque, não existe de fato espaço separando a tela da imagem na tela. Como separar? Simples. A tela é a fabrica e a imagem é o produto. O mesmo está acontecendo com você. Você-causa = televisão. Você-efeito = realidade. A televisão está assistindo a si mesma, você também.
A ilusão está acontecendo de fato, obviamente.
Sim, mas é preciso entender o que significa infinito e eterno. Para mentalidade materialista, infinito é algo muito grande, eterno é o que dura muito tempo. Isso é um equívoco. Muito muito muito grande, não é infinito, é muito muito muito grande. Muito muito muito tempo, não é eterno, é muito muito muito tempo. E o que é infinito, então? Infinito é adimensional. E o que é eterno? Eterno é atemporal. O atemporal é a fábrica do tempo. O admensional é a fábrica das dimensões (forma, grandeza). Você (ser) é atemporal e admensional. Você é a fábrica do espaço-tempo.
Espiritualidade é existencialidade.
O que te impede é o hábito de acreditar no materialismo.
Não impede. Isso é um equívoco. O que te impede de ter consciência existencial é que você nunca praticou auto-observação existencial. Só isso! Pratique auto-observação existencial e será o fim do impedimento.
O primeiro motivo é que o existencial é o estudo do ser e o ser não é humano. Isso deixa você desorientado porque você ignora que é um ser humano, você acredita que é um humano ser. O segundo motivo é que sua mentalidade é materialista, então, você quer ser alguma coisa e o estudo existencial deixa óbvio que você-ser é nada.
Primeiro, porque não é de entender, é de ficar consciente. Depois, porque quando aparece a palavra VOCÊ nos textos da 1ficina, significa Ser Humano, mas você lê Só Humano. Até cair essa ficha, demoooora!
Por que você quer ser alguma COISA. Mesmo que for uma COISA espiritual, ou uma COISA transcendental, ou uma COISA quântica, ou uma COISA metafísica. Enfim, qualquer COISA é melhor que nada.
Porque você QUER ACREDITAR que é um corpo. Você pensa assim: “Se não sou um corpo, então, o que eu sou? Um fantasma? Um nada? Um vazio? Não! Isso é loucura! Não, não, não! É óbvio que sou um corpo! Olha o corpo aqui! Estou vendo! Estou pegando! Isso é conversa de maluco!”
Porque é óbvio. Eu não sou você. Eu sou outro você. Outro ser. Se você fosse eu, o criador da minha realidade seria você e não eu. Mas o criador da minha realidade sou eu e não você.
A lógica da explicação existencial é a lógica existencial. Só que a lógica existencial é uma lógica atemporal e adimensional. Então, não tente entender a lógica maior pela menor. Não tente encaixar o atemporal e adimensional dentro do temporal e dimensional. Faça o oposto. Perceba que a lógica do materialismo está contida na lógica existencial. Perceba que temporalidade e dimensionalidade é produto da existência. Percebido isso, problema resolvido.
O que você usa para chutar a bola: o pé ou a perna? Você usa tanto o pé como a perna. Até porque o pé faz parte da perna. Analogamente, quem está criando sua realidade é você-ser, mas através da interface humana.
Nem eu, nem você, nem ninguém, nem coisa alguma. Só que eu sei disso e você ignora. Se quiser saber também: acorde!
Posso fazer um agora.
1) Observe TUDO isso que você está experimentando e perceba que é TUDO uma experiência só, seja pensamento, seja objeto, seja som, seja tato, seja o que for, observe que TUDO isso é parte integrante de um TUDÃO.
2) Observe esse TUDÃO e perceba que esse TUDÃO é uma experiência de TUDÃO da qual você está sabendo, caso contrário, não estaria sabendo.
3) Procure no TUDÃO esse saber que está sabendo do TUDÃO.
4) Você não irá encontrá-lo em lugar nenhum, embora seja inegável.
5) Perceba, então, que se esse saber é inegável, mas não está no TUDÃO que você está observando, então, esse saber é NADA.
6) Se quem está sabendo é você: você é nada!
Tocar é experiência de fisicalidade. Você não toca os objetos, você tem uma experiência de fisicalidade de que você é um corpo físico tocando outros objetos físicos. Parece concreto porque experiência de fisicalidade é exatamente assim, experiência de forma, experiência de corpo, experiência de objeto, experiência de concretude.
Estudo do ser humano no aspecto existencial, psicológico, pessoal e social.
Aula do ciclo de estudos de autociência – EUreka 2021