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Pegue suas pedras

Pegue suas pedras

Um grupo de pessoas se perdeu dentro de uma floresta durante a noite. Quando já estavam desesperados, ouviram uma voz: “Sigam em frente! Vocês estão prestes a sair da floresta e o dia já está prestes a raiar. Mas antes que saiam, peguem o máximo de pedras que encontrarem pelo chão, assim, quando saírem, ficarão felizes e tristes ao mesmo tempo”. As pessoas pegaram algumas poucas pedras e seguiram caminhando. Quando saíram da floresta e retiraram as pedras dos bolsos, ficaram felizes e tristes ao mesmo tempo. As pedras eram diamantes.

Explicação do óbvio

Explicação do óbvio

O trabalho da 1ficina é deixar você óbvio para si. Mas a explicação do óbvio não é o óbvio. Aliás, óbvio é inexplicável. Como explicar a amarelidade do amarelo? Impossível e desnecessário. Amarelo é obviamente e inexplicavelmente amarelo. Para explicar a amarelidade do amarelo basta apontar para o amarelo. O olhar olha e vê. Pronto! A amarelidade do amarelo está explicada sem explicação, está óbvia.

Explicar o óbvio é como explicar cor para cego. É inútil e impossível. E por que a 1ficina se dispões a fazer isso? Porque você, leitor, não é cego para o autoconhecimento, apenas está dormindo. Você pode abrir os olhos e sair da ignorância. O trabalho da 1ficina é te ajudar nesse despertar. Mas para tanto, não leia esse livro, nem qualquer outro livro da 1ficina tentando aprender, leia tentando despertar a consciência.

Explicações são placas. Não olhe para as placas, olhe para onde estão apontando. Todas as explicações da 1ficina apontam para você. Olhe para si.

Autociência e outrociência

Autociência e outrociência

Ciência não é disciplina escolar. Ciência é consciência. Ciência é saber. Praticar ciência do óbvio é praticar autociência, ou seja, praticar saber de si. A metodologia da autociência é similar à tradicional metodologia científica, a diferença é o objeto de estudo. Quando você direciona sua consciência para estudar o outro, por exemplo, a matéria, a luz, as células, as estrelas, as plantas, a sociedade, os bichos, etc, você está praticando outrociência. Física, por exemplo, é outrociência, pois é você estudando a matéria (outro), astronomia é outrociência, pois é você estudando os astros (outro), química é outrociência, pois é você estudando as moléculas (outro), sociologia é outrociência, pois é você estudando a sociedade (outro). Tudo que você tradicionalmente chama de ciência é outrociência, pois é você estudando o outro. Quando você direciona sua consciência para estudar a si mesmo, sua existência, sua cognição, seu desejo, suas crenças, suas emoções, seus valores, etc, você está praticando autociência. Outrociência produz conhecimento. Autociência produz autoconhecimento.

O que é o óbvio?

O que é o óbvio?

Óbvio é um estado consciencial. Óbvio é você consciente (sabendo). O estado consciencial oposto ao óbvio é ignorância, INconsciência. Por exemplo, é óbvio que você está lendo esse texto, pois você está consciente da leitura. É óbvio que esse texto está escrito em português, pois você está consciente do idioma em que está escrito. É óbvio que você está pensando sobre essa explicação, pois você está consciente do seu pensamento. E assim por diante. Consciente e INconsciente são seus dois possíveis estados de consciência. Aplicando isso ao autoconhecimento, você pode estar consciente ou INconsciente de aspectos de si mesmo. Quando você ESTÁ consciente = óbvio. Quando você ESTÁ INconsciente = não óbvio (ignorante).

Problemática

Problemática

— Como viver bem?
Por que você vive mal?
— Eu não sei.
Perfeito! É exatamente por isso que você vive mal.
— Como assim? Não entendi.
Eu não sei = eu ignoro. Entendeu agora?
— Ainda não.
A causa de você viver mal é sua ignorância.
— Ignorância do quê?
Ignorância de si.
— Não saber quem sou?
Ao invés de “quem”, melhor trocar por “o que”.
— Não saber o que sou?
Exatamente!
— Mas eu sei.
Então, me diga: o que você é?
— Sou um ser humano.
E o que é ser humano?
— Não sei.
Pois é!
— Mas por que ignorar o que é ser humano me faz viver mal?
Faça o seguinte experimento: desligue o monitor do seu computador e tente navegar na internet.
— Impossível fazer isto com o monitor desligado.
Exato! Assim como sua ignorância da tela do computador lhe impossibilita de lidar bem com computador, sua ignorância do que é ser humano lhe impossibilita de lidar bem consigo mesmo, ou seja, lhe impossibilita viver bem.
— Ignorância não me impede de viver!
Exato! Não te impede de viver, te impede de viver bem. Você vive, mas vive mal.

Ser humano fulano

Ser humano fulano

Você vive mal porque ignora o que é ser humano. Então, a solução para você viver bem, é praticar autociência (ciência do óbvio) e sair da ignorância. Só que ser humano é três em um.

1) Você existencial (ser)
2) Você psicológico (humano)
3) Você pessoal (fulano).

Para viver bem você deve ficar consciente dos três: ser humano fulano.

Eu existencial (ser) = Sua existência.
Eu psicológico (humano) = Seu sistema operacional humano.
Eu pessoal (Fulano) = Conteúdo pessoal do seu eu psicológico.

Sexto sentido

Sexto sentido

Observação é a base de todas as ciências. O que muda de uma ciência para outra é o objeto observado. Por exemplo, o objeto observado da fisiologia é o corpo, o objeto observado da biologia são as células, o objeto observado da química são as moléculas, o objeto observado da astronomia são os astros. E assim por diante. Não tem ciência sem observação. Porém, não tem observação sem observador. Observação sem observador seria como fotografia sem câmera. Isso é impossível.

Na ciência, o observador é o cientista. É o biólogo que observa e estuda as células. É o químico que observa e estuda as moléculas. É o físico que observa e estuda os átomos. O cientista é o observador e seu objeto de estudo é o observado. Na autociência, como fica isso? Quem é o observador e o observado? Na autociência, você é os dois: observador e observado. Por isso que a prática da autociência é feita através da auto-observação.

Como se pratica auto-observação? Usando os 5 sentidos? Se olhando? Se apalpando? Se cheirando? Se lambendo?

Se você usar os sentidos para se conhecer você estará conhecendo apenas o seu corpo, mas não irá conhecer a pessoa que você é. A pessoa que você é não é feita de carne e osso, é feita de pensamentos, sentimentos, emoções, valores, crenças e desejos. Nada disso pode ser visto, apalpado, cheirado ou lambido. Para observar a pessoa que você é você deve usar um sexto sentido chamado: auto-observação. É através da auto-observação que você vê, lambe, cheira e apalpa você.

Você já viu o amor? Já pegou uma ideia? Já cheirou um desejo? Não! Contudo, é óbvio que tudo isso existe. Mas como você sabe que existe, se você não observa nada disso com os cinco sentidos? Você sabe que existe porque você tem um sexto sentido chamado “auto-observação”. É através da auto-observação que você vê, cheira e toca em si. É através da auto-observação que você vê, cheira e toca no ser humano que você é.

Auto-observação existencial

Auto-observação existencial

O que é existir? Essa é a pergunta a ser respondida na prática da auto-observação existencial. Você deve observar sua experiência até descobrir o que é experimentar. Quando você descobre, você tem um despertar existencial. Despertar existencial é instantâneo. Você desperta para sua existência e pronto! Fim. Acabou. O grande obstáculo para o despertar existencial é a crença de que despertar existencial é uma experiência. Algo como transar com deus dentro de um buraco negro e depois explodir num orgasmo cósmico. Isso até pode acontecer, mas isso não é despertar existencial. Despertar existencial não é uma experiência, é ficar consciente sobre o que é experimentar. Não tem nada mais sem graça do que o despertar existencial. Você fica consciente que existe. Só isso! Qual a graça? Nenhuma! Por que tanto blábláblá sobre um treco absolutamente sem graça? Porque, obviamente, quem fala não sabe do que está falando.

Auto-observação psicológica

Auto-observação psicológica

Para produzir despertar psicológico você deve praticar auto-observação psicológica. A pergunta a ser respondida na prática da auto-observação psicológica é: como funciona a natureza humana? O que você descobre é seu funcionamento humano. Despertar psicológico é gradual e lento, mas você pode acelerar seu despertar psicológico estudando o conteúdo que já foi produzido pelos estudiosos de psicologia.

Auto-observação pessoal

Auto-observação pessoal

Para produzir despertar pessoal você deve praticar auto-observação pessoal. A pergunta a ser respondida na prática da auto-observação pessoal é: como eu funciono? O que você descobre é seu conteúdo pessoal. Despertar pessoal é gradual, extremamente lento, e não adianta estudar psicologia para produzir despertar pessoal, pois é pessoal. Você pode até contar com a ajuda de psicólogos e terapeutas para prática da auto-observação pessoal, mas ainda assim, ninguém é capaz de acessar seu conteúdo pessoal, só você pode fazer isso, então, pouca ajuda pode ser fornecida nesse caso.

EUrekolas

EUrekolas

Se a explicação do óbvio não é o óbvio, para que serve? Serve para incomodar, para deixar você indignado, revoltado e com raiva. A explicação do óbvio não lhe dá nada. Nem há nada para ser dado. Você já é você. Sempre é. Nunca deixa de ser. A explicação do óbvio explica o que você é, mas não está percebendo. Isso incomoda. Causa revolta. É uma afronta a sua inteligência. “Como óbvio! Se fosse óbvio eu saberia!”, você pensa. Saber é da sua natureza, então, quando você fica sabendo que não sabe, que ignora a si mesmo, sua inteligência se revolta. Um dos propósitos da explicação do óbvio é esse: incomodar sua inteligência para retirá-la da inércia. Uma metáfora para ilustrar isso é a produção da pérola. A ostra produz a pérola para solucionar um incômodo. O processo de produção começa quando um grão de areia consegue entrar dentro da ostra. O grão de areia irrita a mucosa da ostra. Para solucionar o incômodo, a ostra começa a envolver o grão de areia com camadas concêntricas de madrepérola. Essa substância cristaliza-se formando uma esfera ao redor do problema: a pérola. O mesmo acontece com você. Sua inteligência é a ostra e as explicações do óbvio são grãos de areia que irritam sua inteligência. Para resolver a irritação, você precisa sair da inércia consciencial (ignorância) e investigar o assunto. Como o assunto é você, o resultado é autoconhecimento: eurekolas.

Querer e saber

Querer e saber

Por que você não consegue viver bem se você quer tanto? Porque não adianta querer viver bem e não saber viver bem. Sua própria ignorância lhe condena a viver mal. Isso é para tudo. Feche os olhos e tente ir da sua casa até a padaria de olhos fechados. Se você sobreviver, já está ótimo. Abra os olhos e veja como é fácil. A ignorância não permite que você faça nada bem. Absolutamente nada. Para você lidar bem consigo mesmo é preciso que você saia da ignorância de si. Não tem outro caminho para sair da ignorância de si senão praticar autociência. Mas praticar muito mesmo! E praticar não é ler e estudar explicações. Isso é o básico do básico. Praticar é viver praticando, viver em auto-observação e autoanálise. O resultado disso produz lucidez e maestria em ser humano fulano. O resultado da lucidez e maestria é viver bem.

Caverna do Sapão

Caverna do Sapão

Uma tartaruga marinha subiu na borda de um poço e viu um sapo morando lá dentro. A tartaruga perguntou ao sapo:

— A quanto tempo você mora aí embaixo?
— Nasci aqui e sempre morei aqui — respondeu o sapo.
— E você? Aonde você mora? — perguntou o sapo.
— Eu moro no oceano — respondeu a tartaruga.
— Oceano! O que é isso? Me explica — perguntou o sapo.
— É um lugar cheio de água — explicou a tartaruga.
— Cheio de água igual esse poço? — perguntou o sapo.
— Não, o oceano tem muito mais água que esse poço — explicou a tartaruga.
— Quanto mais? Dez vezes mais? — perguntou o sapo.
— Não, muito mais — explicou a tartaruga.
— Quanto mais? Cem vezes mais? — perguntou o sapo.
— Não, muito mais — explicou a tartaruga.
— Quanto mais? Mil vezes mais? — perguntou o sapo.
— Não, muito mais — explicou a tartaruga.
— Quanto mais? Um milhão de vezes mais? — perguntou o sapo.
— Não, muito mais — explicou a tartaruga.
— Quanto mais? Um bilhão de vezes mais? — perguntou o sapo.

Diante a persistência do sapo e a impossibilidade de explicar o tamanho do oceano usando o poço como base de comparação, a tartaruga teve uma ideia. Ela jogou uma corda no poço e ajudou o sapo a sair de lá de dentro, depois, levou o sapo para ver o oceano. Quando o sapo viu o oceano, finalmente entendeu porque não entendia. Você é o sapo. Tudo que você estudou sobre autoconhecimento até hoje, são teorias sobre um oceano que você nunca viu. A 1ficina é a tartaruga. As explicações da 1ficina são uma corda para lhe ajudar a sair do poço da ignorância. O oceano é o autoconhecimento existencial, humano e pessoal. Escalar a corda, é praticar autociência.

Maria no quarto preto e branco

Maria no quarto preto e branco

Transcrição do áudio no vídeo: “Durante um semestre na escola estudei a teoria da inteligência artificial. Aprendi um experimento muito difícil. Se chama Maria No Quarto Preto e Branco. Maria é uma cientista e a especialidade dela são as cores. Ela sabe tudo que tem que saber sobre as cores. O comprimento da onda, os efeitos neurológicos, toda e qualquer propriedade que as cores podem ter. Mas ela mora num quarto preto e branco. Ela nasceu lá e foi educada lá. E ela só consegue observar o mundo exterior num monitor preto e branco. E um dia alguém abre a porta. Maria sai andando. E ela vê o céu azul. Naquele momento ela aprende uma coisa que todo estudo dela não pode explicar. Ela aprende o que é o sentimento de ver as cores. Esse experimento tão difícil era para demonstrar aos alunos a diferença entre o computador e a mente humana. O computador é a Maria no quarto preto e branco e o humano é quando ela sai de lá.”

Atravesse sua ponte

Atravesse sua ponte

A explicação do óbvio não é o óbvio, é uma ponte até o óbvio. Para comprovar a explicação, você deve atravessar a ponte. Pratique auto-observação e atravesse sua ponte. Boa travessia!

 

Quanto tempo de sonho perdido / Quanto tempo esquecido / É melhor nem lembrar / Eu pensei que entendia de tudo / Que sabia de tudo / Mas vivia no ar / Mas agora eu sei / O que aconteceu / Quem sabe menos das coisas / Sabe muito mais que eu.

Dos conselhos que às vezes ouvia / Eu sempre fugia / Não queria entender / E num mundo de sonho eu andava / E só acreditava em mim e em você / Mas agora eu sei / O que aconteceu / Quem sabe menos das coisas / Sabe muito mais que eu.

E hoje meu caminho é incerto / O meu mundo é deserto / Eu não vivo porque / Eu pensei que entendia de tudo / Que sabia de tudo / Mas não sei de você / Mas agora eu sei / O que aconteceu / Quem sabe menos das coisas / Sabe muito mais que eu.

PERGUNTAS

Autociência é desaprender o aprendido?

Vamos supor que na infância você queria ganhar uma bicicleta e aprendeu que para ganhar a bicicleta precisava escrever uma carta para o Papai Noel. Hoje em dia você sabe que Papai Noel é mentira. Você desaprendeu a história do Papai Noel por descobrir que era mentira? Não! Você colocou essa história no seu devido lugar: mentira. Para viver bem, você não precisa desaprender o aprendido, você precisa reconhecer o que é verdadeiro e falso. O que impede você de viver bem é que você acredita em mentiras. A prática da autociência deixa evidente todas as mentiras.

Como chegar no óbvio?

Não existe “o” óbvio. Óbvio não é um objeto. Óbvio não é um lugar. Óbvio é um estado consciencial relativo ao sujeito (observador). Você, sujeito, observador, pode alternar entre dois estados de consciência: consciente e inconsciente. Você pode estar consciente de algo, ou você pode estar inconsciente de algo. Quando você está consciente de algo, esse algo é óbvio para você. Quando você está inconsciente de algo, esse algo não é óbvio para você. Ou seja, você não chega no óbvio, você chega na obviedade. Por exemplo, você está consciente sobre a cor da minha camisa? Se sim, então, a cor da minha camisa é óbvia para você, se não, então, não é óbvia.

Dito isso, na prática da autociência, esse algo do qual você deve estar consciente, é você mesmo, em três aspectos: existencial, psicológico e pessoal. Quando você está consciente da sua existência, do seu funcionamento humano e personalidade, você é óbvio para si mesmo. Quando não está, não é óbvio.

E finalmente, chegamos a sua pergunta: como chegar ao óbvio. Se for um óbvio científico, tal como a cor da minha camisa, o caminho é a prática da observação. Se for um óbvio autocientífico, tal como seu funcionamento psicológico, o caminho é a prática da auto-observação.

Como é possível negar o óbvio quando está óbvio?

Ignorar é diferente de negar. Você nega o óbvio por conveniência. Por exemplo, você está sentindo frio, é óbvio que está frio, mas como você quer usar aquele vestido novo, você nega o óbvio dizendo que está calor.

Comparar conceitos é bom para o autoconhecimento?

Você pode ler infinitas definições de maçã, pensar sobre essas definições, compará-las, e ainda assim ignorar o que é uma maçã? Contudo, se você for até a fruteira e olhar para uma maçã, você saberá o que é uma maçã empiricamente, instantaneamente e sem necessidade de conceitos.

O mesmo acontece com o autoconhecimento. Você pode ler muito sobre o que é ser humano, pensar sobre essas definições, compará-las, e ainda assim ignorar o que é ser humano. Praticando autociência você sabe o que é ser humano empiricamente, instantaneamente e sem necessidade de definição e raciocínio.

Conceitos são fundamentais para a comunicação sobre qualquer assunto, inclusive sobre autoconhecimento, porém, são irrelevantes para a prática da autociência e produção de autoconhecimento. Conceito é mapa, autoconhecimento é território. O mapa não é o território.

É muito comum buscadores espiritualistas passarem a vida colecionando mapas sem jamais olharem diretamente para o território. Professores produzem mapas para ajudarem os alunos a enxergarem o território, mas os alunos devem usar os mapas para chegarem ao território e não ficarem morando nos mapas.

Despertar da consciência é mais consciência?

Despertar da consciência não é mais consciência, é mais consciente. Consciência e consciente não são sinônimos. Consciência é sua natureza existencial. Consciente é estado consciencial. Você pode ser uma consciência desperta (consciente) ou adormecida (inconsciente). Quando você é uma consciência adormecida e desperta (fica consciente), você não aumentou, algo em você diminuiu. O que? Sua ignorância de si. Quando você acende uma vela em um quarto escuro, você não aumentou o tamanho do quarto, você diminuiu o tamanho da escuridão. Cada passo que você dá no despertar da consciência, cada EUreka, diminui seu estado de ignorância. Parece que você está aumentando a consciência, mas você é sempre a mesma consciência, igual o quarto é sempre o mesmo quarto. Despertar da consciência diminui seu adormecimento, ou seja, sua inconsciência. Iluminação é menos.

A sabedoria para viver bem vem junto com o despertar existencial?

Não! O único autoconhecimento que você adquire com o despertar existencial é o autoconhecimento existencial. Você fica consciente da sua natureza existencial, só isso e nada além disso. O despertar existencial é existencial, não é psicológico, nem pessoal, logo, não produz nenhum autoconhecimento psicológico e pessoal. Para viver bem, você precisa descobrir como você funciona enquanto pessoa humana, para descobrir isso, você precisa praticar auto-observação psicológica e pessoal.

Auto-observação sem autoanálise produz autoconhecimento?

Não existe auto-observação sem autoanálise, é impossível. Alguma autoanálise sempre acontece. Se é uma autoanálise competente ou não, com critério A ou B, daí é outra história.

Autociência é desaprender o aprendido?

Vamos supor que na infância você queria ganhar uma bicicleta e aprendeu que para ganhar a bicicleta precisava escrever uma carta para o Papai Noel. Hoje em dia você sabe que Papai Noel é mentira. Você desaprendeu a história do Papai Noel por descobrir que era mentira? Não! Você colocou essa história no seu devido lugar: mentira. Para viver bem, você não precisa desaprender o aprendido, você precisa reconhecer o que é verdadeiro e falso. O que impede você de viver bem é que você acredita em mentiras. A prática da autociência deixa evidente todas as mentiras.

Autoconhecimento serve pra que?

Autoconhecimento não te faz rico, não te faz bonito, não aumenta seu status, não deixa você mais atraente, não paga as contas no fim do mês, não coloca comida na sua mesa. Autoconhecimento é inútil, só serve para você viver bem.

Cada um tem um despertar diferente ou é igual?

Em questão de ser, é igual. Você descobre que é um ser, que você existe, tal como todos os seres do universo. Em questão de humano, também é igual. Você descobre o funcionamento da natureza humana, tal como todos os seres que estão brincando de ser humano. Em questão de fulano, é diferente e pessoal. Você descobre sua personalidade.

Chegar ao óbvio demora muito?

Depende de como você vai fazer a viagem. Se você for a pé, demora bastante. Se você for de bicicleta, demora menos. Se você for de avião, é bem mais rápido. Se você se refere ao óbvio existencial ou psicológico, e se você for de auto-observação, daí é num piscar de olhos. Praticou auto-observação, chegou.

Como chegar no óbvio?

Não existe “o” óbvio. Óbvio não é um objeto. Óbvio não é um lugar. Óbvio é um estado consciencial relativo ao sujeito (observador). Você, sujeito, observador, pode alternar entre dois estados de consciência: consciente e inconsciente. Você pode estar consciente de algo, ou você pode estar inconsciente de algo. Quando você está consciente de algo, esse algo é óbvio para você. Quando você está inconsciente de algo, esse algo não é óbvio para você. Ou seja, você não chega no óbvio, você chega na obviedade. Por exemplo, você está consciente sobre a cor da minha camisa? Se sim, então, a cor da minha camisa é óbvia para você, se não, então, não é óbvia.

Dito isso, na prática da autociência, esse algo do qual você deve estar consciente, é você mesmo, em três aspectos: existencial, psicológico e pessoal. Quando você está consciente da sua existência, do seu funcionamento humano e personalidade, você é óbvio para si mesmo. Quando não está, não é óbvio.

E finalmente, chegamos a sua pergunta: como chegar ao óbvio. Se for um óbvio científico, tal como a cor da minha camisa, o caminho é a prática da observação. Se for um óbvio autocientífico, tal como seu funcionamento psicológico, o caminho é a prática da auto-observação.

Como é possível negar o óbvio quando está óbvio?

Ignorar é diferente de negar. Você nega o óbvio por conveniência. Por exemplo, você está sentindo frio, é óbvio que está frio, mas como você quer usar aquele vestido novo, você nega o óbvio dizendo que está calor.

Como identifico se estou praticando autociência?

Autociência é a prática que produz autoconhecimento. Se você está produzindo autoconhecimento (em algum nível) é porque está praticando autociência (em algum nível). O aumento de autoconhecimento resulta em viver melhor. Se você está vivendo melhor, é sinal que está aumentando seu autoconhecimento.

Como o óbvio resolve os equívocos?

Um equívoco é uma verdade de correspondência falsa. O reconhecimento da falsidade como falsidade produz automaticamente a correspondência verdadeira. Por exemplo, você acredita que batata doce é salgada. Essa verdade é equivocada, pois é de correspondência falsa. Daí você come batata doce e fica óbvio que batata doce é doce. A verdade “batata doce = salgada” morre imediatamente quando você fica consciente (quando fica óbvio) que “batata doce = doce”. Fim do equívoco!

Comparar conceitos é bom para o autoconhecimento?

Você pode ler infinitas definições de maçã, pensar sobre essas definições, compará-las, e ainda assim ignorar o que é uma maçã? Contudo, se você for até a fruteira e olhar para uma maçã, você saberá o que é uma maçã empiricamente, instantaneamente e sem necessidade de conceitos.

O mesmo acontece com o autoconhecimento. Você pode ler muito sobre o que é ser humano, pensar sobre essas definições, compará-las, e ainda assim ignorar o que é ser humano. Praticando autociência você sabe o que é ser humano empiricamente, instantaneamente e sem necessidade de definição e raciocínio.

Conceitos são fundamentais para a comunicação sobre qualquer assunto, inclusive sobre autoconhecimento, porém, são irrelevantes para a prática da autociência e produção de autoconhecimento. Conceito é mapa, autoconhecimento é território. O mapa não é o território.

É muito comum buscadores espiritualistas passarem a vida colecionando mapas sem jamais olharem diretamente para o território. Professores produzem mapas para ajudarem os alunos a enxergarem o território, mas os alunos devem usar os mapas para chegarem ao território e não ficarem morando nos mapas.

De onde você tirou a palavra autociência?

Autoconhecimento não é uma prática, é o produto de uma prática. Essa prática não tinha nome. Então, eu inventei a palavra “autociência” para nomear a prática que produz o autoconhecimento. Na literatura da 1ficina tem várias palavras que eu inventei.

Despertar da consciência é mais consciência?

Despertar da consciência não é mais consciência, é mais consciente. Consciência e consciente não são sinônimos. Consciência é sua natureza existencial. Consciente é estado consciencial. Você pode ser uma consciência desperta (consciente) ou adormecida (inconsciente). Quando você é uma consciência adormecida e desperta (fica consciente), você não aumentou, algo em você diminuiu. O que? Sua ignorância de si. Quando você acende uma vela em um quarto escuro, você não aumentou o tamanho do quarto, você diminuiu o tamanho da escuridão. Cada passo que você dá no despertar da consciência, cada EUreka, diminui seu estado de ignorância. Parece que você está aumentando a consciência, mas você é sempre a mesma consciência, igual o quarto é sempre o mesmo quarto. Despertar da consciência diminui seu adormecimento, ou seja, sua inconsciência. Iluminação é menos.

Despertar é instantâneo ou por camadas?

Despertar existencial é instantâneo, puf, despertou, acabou. Despertar psicológico é multimídia. Despertar pessoal, daí sim, são camadas, feito uma cebola. A prática do despertar pessoal é você descascando sua cebola. Você descasca uma camada e tem outra e outra e outra. A prática do despertar pessoal não acaba nunca. Você irá descascar cebola sua vida inteira. Mas não precisa chorar. Quanto mais descascar sua cebola, melhor será a qualidade do seu viver.

Despertar existencial é consequência do despertar psicológico e pessoal?

Não! Despertar existencial é consequência da prática de auto-observação existencial. Por isso você pode ter um despertar existencial e continuar vivendo mal. Seu despertar existencial não lhe faz consciente do funcionamento da sua natureza humana. Você pode despertar para sua existência, mas se continuar ignorante do seu funcionamento humano, continuará vivendo mal.

É necessário metodologia na auto-observação?

Auto-observação já é a metodologia. E é a única capaz de produzir autoconhecimento. Na auto-observação existencial, é necessário observar a própria observação para fazer as três inferências existenciais, caso contrário, não tem como ficar consciente da unitrindade do ser. Na auto-observação psicológica, é necessário observar o próprio funcionamento psicológico, caso contrário, não tem como ficar consciente do funcionamento da natureza humana. Na auto-observação pessoal, é necessário observar a própria personalidade, caso contrário, não tem como ficar consciente da programação mental.

Escolaridade tem relevância no despertar existencial?

Não! O tiozinho que vende sorvete tem a mesma possibilidade de despertar existencial que qualquer um. Todo ser humano tem a capacidade inata de praticar auto-observação e despertar a consciência. Claro que o tiozinho tem um desafio maior do que uma pessoa abastada. Preocupações com a sobrevivência tendem a monopolizar a atenção e inibir a auto-observação existencial. O desafio do tiozinho é maior. Mas quanto maior o desafio, maior o mérito. O que importa para o despertar é o tamanho da fome de autoconhecimento. A fome leva a prática e a prática leva ao despertar.

Estar consciente é estar em estado meditativo?

Sim, você pode usar essa terminologia se quiser.

Estar consciente que sou observador do pensamento, é iluminação?

Sim, é despertar existencial. O esperto pensa que sabe, o desperto sabe que pensa.

Estudando autociência vou me entender?

Não, porque autociência não se estuda, se pratica. Praticando autociência, sim.

Eu posso ser acessado pelo outro de alguma maneira?

Não, é impossível. Cada um só tem acesso a si. Porém, existe a possibilidade da comunicação conceitual. Através de palavras, mesmo sem termos acesso uns aos outros, mesmo sendo impossível, podemos simular uma espécie de acesso ao outro. Não é acesso de fato, é uma estratégia falha e ruidosa, mas é melhor que nada.

Eu-observador sou a consciência e eu-observado sou a personalidade?

No caso da auto-observação pessoal, sim. No caso da auto-observação psicológica, o eu-observado é seu funcionamento psicológico humano. E no caso da auto-observação existencial, o eu-observado é o próprio eu-observador. Eis a sutileza da auto-observação existencial. O olhar vê tudo, mas o olhar não vê o olhar. Seguindo essa analogia, auto-observação existencial é olhar o olhar.

Fato e óbvio são sinônimos?

Não! Fato = observado. Óbvio é quando você (observador) está consciente do observado. Só que os dois (observado e consciência do observado) acontecem ao mesmo tempo em você. Quando você não está consciente do observado, não existe observado para você. Então, é por isso que tudo que é fato para você, é óbvio para você, mas óbvio e fato não são a mesma coisa.

Há algo irracional no autoconhecimento?

Saber é irracional. Por isso você não consegue pensar o saber. É o saber que sabe do pensar e não o pensar que sabe do saber. O raciocínio é incapaz de saber. Assim como um livro é incapaz de ler, raciocínio é incapaz de saber. Raciocínio não sabe, raciocínio é sabido. Ponto final. Fim de papo. O problema é que você acredita que pensar é saber.

Leitura produz autoconhecimento?

Não necessariamente. Quando você lê um autor, você não está produzindo autoconhecimento, você está produzindo conhecimento sobre o autoconhecimento do autor. Meu caso, por exemplo. Eu sou um praticante de autociência. Ao praticar autociência, eu produzo autoconhecimento. Daí escrevo os livros. Quando você lê o que eu explico, você não está produzindo autoconhecimento, você está pegando meu autoconhecimento emprestado. Autoconhecimento só é produzido quando você lê a si mesmo, o ser humano que você é. Quando você tem informação dos livros, o que você tem é isso: informação.

Meditação ajuda no autoconhecimento ou é besteira?

A palavra meditação está mais adulterada que gasolina de posto barato. Tem meditação para ficar rico, meditação para aumentar o tamanho do pênis, meditação para trazer marido de volta, meditação do empoderamento, meditação da família, etc. É um show de horrores. Algumas pessoas fazem dinâmicas de imaginação e chamam de meditação. Tem pessoas que dão exercícios de relaxamento e chamam de meditação. Meditação é auto-observação. Sendo que a prática da autociência é executada através de três tipos de auto-observação: existencial, psicológica e pessoal. Então, meditação pode ser existencial, psicológica e pessoal.

Meditar é não pensar?

Não, isso é um equívoco. Meditação é estar consciente do pensamento. Quando você está consciente do pensamento, fica óbvio que você é a consciência observadora do pensamento. Então, metaforicamente, se diz que meditação é não pensar. Só que ninguém explica isso para o leigo, então, lá vai o leigo tentar o impossível, e pior, desnecessário.

Meu saber fica mais aflorado quando estou meditando no existencial?

Não, é o mesmo saber de sempre, sem tirar nem pôr, nem maior nem menor, apenas focado no existencial.

Não ter acesso ao outro, você se refere ao eu pessoal?

Você não tem acesso ao outro de forma alguma, nem existencial, nem humano, nem pessoal.

Neurociência é autociência?

Não, neurociência é o estudo do cérebro. O cérebro é um objeto observado, não é o observador. Autociência é o estudo do observador e não do observado.

No que você se baseia para dizer o que diz?

Essa pergunta é recorrente. A resposta longa está no livro Ciência Do Óbvio. A resposta curta é: auto-observação.

O homem é a medida de todas as coisas?

Sim! Coisa é feita de experiência. A experiência humana é humana. Por isso que o homem é a medida de todas as coisas. 

O que devo ler para adquirir autoconhecimento?

Para adquirir autoconhecimento você deve ler a si mesmo. Qualquer trabalho de despertar da consciência que não explique isso para seus alunos, não irá produzir autocientístas, só irá produzir crentes.

O que é espiritualidade?

Espírito = você-ser. Você-ser é um ser, ou seja, um espírito. Só que a palavra espírito se degenerou. Espírito virou sinônimo de assombração, alma penada, gente morta, manifestação mediúnica, etc. E junto com a degeneração da palavra espírito, ocorreu também a degeneração da palavra espiritualidade. Ser = existir. Você-ser é espírito. Espiritualidade é existencialidade.

O que é lucidez?

Lucidez é o estado consciencial oposto ao estado de ignorância.

O que é um equívoco?

Um equívoco é uma verdade (crença) de correspondência equivocada (falsa). Por exemplo: fogo molha.

O que faz com que algo ignorado se torne óbvio?

Eu digo que tem um mosquito no lustre. Enquanto você não olhar para cima e observar, o mosquito continuará sendo ignorado por você. Quando você olhar para cima e observar, o mosquito, que estava sendo ignorado, se tornará óbvio. O que faz com que algo ignorado se torne óbvio é a observação. O mesmo acontece com o autoconhecimento, só que o ignorado é você mesmo. Por isso, para você ficar óbvio para si, você deve olhar para si, ou seja, praticar auto-observação.

O que impede o autoconhecimento?

Idolatria e antipatia.

Autoconhecimento não se aprende, se desperta. Para produzir autoconhecimento, o aluno precisa praticar autociência e colocar a prova as explicações recebidas. Mas quando o aluno recebe uma explicação, ele tem duas reações:

A) AMÉM! — Idolatria — O aluno acredita nas explicações ao invés de colocá-las a prova.
B) ANÉM! — Antipatia — O aluno renega as explicações ao invés de colocá-las a prova.

Tanto a opção A como a opção B impedem o autoconhecimento.

O que mudou com seu despertar existencial?

Fim da ignorância existencial. Entendimento melhor da realidade. Comecei a viver melhor. Entre outras coisas.

O que você acha do estado de consciência de quinta dimensão?

Consciência pode estar desperta (consciente) ou pode estar adormecida (inconsciente / ignorante). Não tem um terceiro estado de consciência. Só tem dois: consciente e inconsciente (ignorante). Sendo assim, você pode estar consciente ou ignorante de diversos aspectos da sua experiência humana. Um cego, por exemplo, é um ser humano ignorante do aspecto visual da experiência humana. Se por “quinta dimensão” você se refere a algum aspecto incomum da experiência humana, deve ser algo que ignoro. Sou um ser humano basicão. Não tenho super poderes, nem faculdades cognitivas incomuns. Meu autoconhecimento é basicão e o que explico é o funcionamento do basicão. Então, não tenho nada a dizer sobre “quinta dimensão”.

O ser evolui ou já contém tudo que é?

Não existe “o” ser, o que existe é você-ser. Quando você fala “o” ser, você está terceirizando sua existência. Corrigido esse equívoco, sua pergunta fica assim: “Eu-ser evoluo ou já contenho tudo que sou?”.

Você-ser já contém tudo que é, mas em potência. O que você chama de evolução, não é evolução, é autorrealização. É você-ser realizando seu potencial. E, atualmente, você está fazendo isso nos parâmetros humanos.

O ser já sabe como é ser humano ou está sendo para descobrir?

Não existe “o” ser, o que existe é você-ser. Quando você fala “o” ser, você está terceirizando sua existência. Corrigindo esse equívoco, sua pergunta fica assim: “Eu-ser sei como é ser humano ou estou sendo para descobrir?”. Agora ficou claro, não ficou? Primeiro, se você já soubesse, você não precisaria descobrir. Depois, se você já soubesse, você já viveria bem, o que, obviamente, não é o caso.

Óbvio é verdade verdadeira?

Não, verdade falsa também é óbvio. Fogo molha, por exemplo, para mim, é obviamente uma verdade falsa, pois é comprovada por mim. Antes da comprovação uma verdade não é verdadeira ou falsa, é apenas uma teoria.

Onde está a ciência pura? Saber puro?

Não está em lugar nenhum, é você (você-ser). “Onde” é mentalidade materialista.

Para que serve a fase existencial do ciclo de estudos?

A fase existencial do ciclo de estudos serve para oferecer aos alunos a mínima possibilidade de despertar existencial. Esse despertar existencial não irá acontecer em 99,9% dos casos, mas pelo menos a oportunidade foi oferecida e, mesmo que não tenha beneficiado nenhum aluno do EUreka 2023, fica registrada e disponível na internet, gerando a possibilidade de beneficiar futuros alunos e pessoas que buscam por autoconhecimento na internet.

Por que buscamos autoconhecimento?

Você não acorda feliz, saudável e diz: “Que lindo dia para ir ao dentista arrancar um dente!”. Quando está tudo bem, não há motivo para buscar nada. Quando está tudo bem, deixa assim e não mexe. Buscamos autoconhecimento porque algo está doendo dentro de nós. Se a dor fosse física, buscaríamos um médico e tomaríamos remédio, como é dentro, buscamos autoconhecimento.

Por que despertar existencial é igual para todos?

Porque todo ser é igualmente um ser.

Por que é tão difícil praticar autociência?

Porque sua competência em observar e pensar é pequena. Você foi educado a acreditar e repetir. Nem a escola, nem seus pais, nem ninguém, te ensinou a observar e pensar. Difícil é falta de prática.

Por que estudar o que é ser humano se um dia vou morrer?

O benefício de descobrir o que é ser humano é o mesmo benefício de descobrir como funciona o WhatsApp, como funciona um liquidificador ou como funciona uma escova de dentes: você se torna capaz de fazer bom uso.

Por que não consigo sustentar a crença de que sou um ser?

Pelo mesmo motivo que você não lembra o que comeu no almoço de ontem. Memória tem duração de curto prazo. Por isso você se esquece das explicações que tem na memória. Dito isso, você está cometendo um gigantesco equívoco autocientífico. Você está igualando o óbvio com a explicação do óbvio. A explicação do óbvio não é o óbvio. É muito importante entender isso para ser um praticante de autociência. Não é à toa que o primeiro livro do ciclo de estudos é o livro Ciência Do Óbvio. Quando comecei com o trabalho da 1ficina, muitos alunos me diziam “eu não acredito em suas teorias”. Mas para mim, o que explico não é teoria, não é algo que acredito, é óbvio. Só que também não adiantava eu dizer isso, pois o aluno também não conseguia entender a diferença entre o óbvio e a explicação do óbvio, entre óbvio e crença, entre estar consciente e acreditar. Quando percebi que os alunos não conseguiam fazer essa diferenciação, escrevi o livro Ciência Do Óbvio. O ser que você é não é uma crença. Logo, não é questão de acreditar. O ser que você é o ser que você é, quer esteja consciente disso ou não, quer acredite ou não, quer goste ou não. Contudo, você ignora o ser que você é. É como se você estivesse de olhos fechados para sua natureza existencial. Praticar autociência é abrir os olhos e se ver. Mas ver não é acreditar. Se acreditar fosse o mesmo que ver, você diria para um cego que o céu é azul, o cego acreditaria e, por acreditar, veria o céu azul. O mesmo com o ser que você é, não adianta acreditar. Acreditar não é saber. Você pode tatuar no corpo inteiro que você é um ser, porém, enquanto isso não for óbvio para você, você terá apenas a explicação do óbvio e não autoconhecimento existencial.

Por que o despertar existencial é raro?

Primeiro você quer ter experiências. Você não se importa se são experiências de tipo A, B, C, etc. Experimentar é viver. Você quer se sentir vivo. Quanto mais experiências melhor. Você não está interessado em entender as experiências, você quer apenas tê-las. Essa é a primeira fase da experimentação: ter experiências. Depois que você já teve muitas experiências, você quer entender suas experiências. E para entendê-las você precisa pensá-las. Pensá-las é fazer autoanálise. Essa é a segunda fase da experimentação: pensar as experiências. Depois de ter muitas experiências e depois de analisar suas experiências, você se dá conta de algo que esteve sempre presente, mas você nunca havia notado antes: o experimentador que você é. Junto com essa constatação surge a terceira fase da experimentação: descobrir o que é experimentar. Você não está mais interessado apenas em ter experiências, nem está interessado em apenas pensá-las, você quer saber o que é experimentar. Do que se trata? Se é raro no mundo pessoas interessadas em pensar suas experiências, é mais raro ainda pessoas interessadas em descobrir o que é experimentar.

Por que você chama de óbvio algo que é extremamente difícil de perceber?

Você não está fazendo uma pergunta, você está afirmando uma dificuldade. Só que não existe nada difícil. Tudo é fácil quando se tem prática. Difícil é falta de prática. O motivo do ser humano ignorar o que é ser humano, não é dificuldade, é falta de prática em auto-observação e autoanalise. Para quem tem prática, é fácil perceber, facílimo.

Por que você diz que aluno não gosta de pensar?

Porque é fato. E pior! É um fato vergonhoso. Ou você se orgulha de ter um cérebro e não pensar? Mas não cobro que o aluno pense. Quem não quer pensar, quem prefere viver igual um pé de alface, tudo bem, é opção de cada um. Só explico que é preciso pensar porque não tem como entender sem pensar. Entendimento é produto do raciocínio e não da fotossíntese.

Posso estudar o psicológico e o pessoal sem o despertar existencial?

Sim, você pode e deve. Se você ficar esperando despertar existencialmente para depois começar um trabalho psicológico e pessoal, vai morrer esperando. A pergunta que você deve se fazer é: “Eu quero viver bem?”. Se a resposta for sim, a pergunta subsequente é: “Aceito pagar o preço seja qual for?”. Se a resposta for sim, o que tiver que vir, virá.

Práticas holísticas são um engano?

As práticas em si, não. São o que são. O equívoco é acreditar que você irá produzir autoconhecimento sem praticar auto-observação. Isso é impossível. É igual você acreditar que irá produzir visão fechando os olhos. A única prática capaz de produzir autoconhecimento é a auto-observação. Uma vez que você esteja praticando auto-observação, você pode estar cagando ou fazendo yoga, recebendo um passe de reiki ou torcendo para o flamengo no Maracanã lotado, tanto faz o que está fazendo externamente, você estará produzindo autoconhecimento.

Preciso ficar consciente existencial o tempo todo?

Se está me perguntando isso, suponho que esteja tentando e fracassando. O motivo do seu fracasso é simples: isso é impossível.

Preciso pensar para produzir autoconhecimento?

Sim, precisa. Não tem como conhecer a causa pela causa. Conhecimento é sempre pelo efeito. Por exemplo, você não conhece a gravidade em si, você conhece pelo efeito. Você não conhece a luz em si, você conhece pelo efeito. O mesmo acontece com o autoconhecimento. Você é a causa da sua experiência. Sua experiência é efeito. Praticar autociência é se conhecer como criador através da sua criação, através do efeito e não diretamente. Para conhecer a causa é preciso observar e pensar o efeito. Não tem outro jeito. Por isso, sem pensar, esquece autoconhecimento, é impossível.

Preciso ser cientista para me tornar autocientista?

Não necessariamente, mas ajuda muito. Um cientista entende o método científico e isso ajuda na prática da autociência. Autociência é a aplicação do método científico no próprio aplicador, ou seja, no próprio cientista. Infelizmente a maioria dos seres humanos tem zero competência científica. E os poucos que tem estão dominados pela mentalidade materialista. Resultado, não sobra ninguém para ser autocientista e praticar autociência.

Qual a diferença entre ciência e autociência?

A ciência usa o método científico e estuda o objeto observado. A autociência usa o método autocientífico e estuda o observador. O método cientifico é a observação. O método autocientífico é a autoobservação.

Qual a diferença entre óbvio e despertar da consciência?

São duas maneiras de dizer a mesma coisa. Quando algum aspecto da sua natureza existencial, ou da sua natureza humana, ou do seu funcionamento pessoal, ficam óbvios para você, é porque você despertou a consciência para isso e está consciente.

Qual a diferença entre óbvio e lógica?

Óbvio é um estado consciencial, é quando você, sujeito, observador, está consciente de algo. Lógica é um raciocínio de causa e efeito. Por exemplo, x = 1, y = 2, logo, x + y = 3. Outro exemplo, fogo queima, logo, se você colocar a mão no fogo irá se queimar. As relações de causa e efeito existem de fato, e também, existem de forma hipotética. Relações hipotéticas de causa e efeito é o que chamamos de verdades. Por exemplo, comer manga e beber leite, mata. Essa é uma relação hipotética de causa e efeito. Na minha infância, muitas crianças acreditaram nessa verdade, eu inclusive. Só que era mentira. Comer manga e beber leite não mata. E como essa verdade se tornou mentira? Através da observação, ou seja, através da ciência do óbvio. As pessoas comeram manga, beberam leite e não morreram. Ficou óbvio que era uma verdade falsa. Ou, para usar um termo atual: era fake news. Resumindo, você observa a lógica e sua observação da lógica deixa óbvio se é uma lógica equivocada ou não (verdadeira ou falsa).

Qual é a diferença entre autociência e autoconhecimento?

Autociência é a prática que produz autoconhecimento. Autoconhecimento é o produto da prática de autociência. Essa é a relação entre ambas.

Qual é a diferença entre autoconhecimento psicológico e pessoal?

Autoconhecimento psicológico é o estudo genérico da natureza humana. Autoconhecimento pessoal é o estudo do estado particular da sua natureza humana. Por exemplo, o estudo do desejo é autoconhecimento psicológico, o estudo do seu desejo é autoconhecimento pessoal. Fazendo uma analogia com o sistema operacional do computador, autoconhecimento psicológico é o estudo do funcionamento do windows, autoconhecimento pessoal é o estudo do funcionamento do seu windows. É impossível estudar um sem que esteja simultaneamente estudando o outro. A divisão entre um e outro é apenas pedagógica, na prática, é uma coisa só: autoconhecimento.

Qual é a diferença entre autoobservação psicológica e pessoal?

Sua natureza humana é um programa consciencial similar ao sistema operacional de um computador. Autoobservação psicológica é você observando o funcionamento do seu sistema operacional humano. Só que, conforme você vai vivendo, você vai customizando seu sistema operacional humano, igual você faz com seu computador. Todo computador vem com o windows igual, mas cada usuário vai customizando seu windows para sua necessidade. A customização do seu sistema operacional humano é sua personalidade. Autoobservação pessoal é você observando o funcionamento da sua personalidade. Claro que o psicológico e pessoal estão juntos e misturados. Por isso a dificuldade em discernir um do outro.

Qual é a diferença entre lucidez e consciência?

É a mesma diferença de “consciência” e “consciente”. Consciência = você. Consciência é o que você é. Consciência é um dos aspectos da sua UNItrindade. Consciência é você-experimentador. Você sempre é você, então, sempre é consciência. Mas você pode ESTAR consciente ou INconsciente de si. Consciente e INconsciente são estados de consciência, estados de ser, estados em si. Quando você ESTÁ consciente de si = lucidez. Quando você ESTÁ INconsciente de si = ignorância. Fazendo uma analogia com o sentido da visão. Consciência = visão. Lucidez = olho aberto. Ignorância = olho fechado.

Qual é a diferença entre óbvio e percepção?

Percepção é consciência. Óbvio é estar consciente. A consciência alterna entre dois estados: consciente e inconsciente. Vamos supor que estou ouvindo música no fone de ouvidos. Tanto eu como você temos audição, ou seja, percepção, consciência. Só que o fone está no meu ouvido e não no seu, então, você está inconsciente da música que está tocando e eu estou consciente. Eu tiro o fone do meu ouvido e dou para você colocar no seu ouvido. Tanto eu como você continuamos tendo audição, percepção, consciência, mas agora você está consciente da música que está tocando e eu estou inconsciente.

Qual é a disciplina acadêmica similar a autociência?

As duas disciplinas acadêmicas mais próximas da autociência são a filosofia e a psicologia.

Qual é a relação entre auto-observação e saber?

Primeiro é preciso entender a diferença entre Saber e Sabendo. Saber é consciência sem objeto. Sabendo é consciência com objeto. O que acontece é que não tem como você estar sabendo sem saber. Você só pode estar sabendo porque sabe. Vou fazer uma analogia com a visão para ilustrar esse ponto e deixá-lo menos abstrato. Saber é visão. Sabendo é vendo. Olhe para um objeto. Você está vendo esse objeto porque você tem visão. Se você fosse cego, como você poderia estar vendo o objeto? Não poderia. É preciso ter visão para poder ver os objetos. Analogamente, é preciso ter consciência (saber) para poder estar consciente (sabendo). Entendido isso, auto-observação é você sabendo de si. Sabendo é consciência com objeto, só que esse objeto é você mesmo. Na observação científica (outrociência), o objeto do qual você está sabendo é o outro, as plantas, as células, as estrelas, etc. Na auto-observação (autociência), o objeto do qual você está sabendo é você mesmo, sua existência, sua humanidade, sua mentalidade, etc.

Qual é a relação entre ser e espírito?

A relação entre ser e espírito é a mesma entre seis e meia dúzia. São duas palavras diferentes para dizer a mesma coisa. Ser é sinônimo de espírito. Você é um ser humano. Você é um espírito humanizado, ou seja, encarnado, como se diz no espiritismo. Eu não uso a palavra “espírito” na 1ficina por dois motivos: 1) Porque essa palavra se degenerou. Ela foi capturada pela mentalidade materialista e perdeu seu significado existencial, virou sinônimo de fantasma. O mesmo aconteceu com a palavra “ser”, porém, a palavra “ser” é menos degenerada. 2) Porque a palavra espírito, além de ter sido capturada pela mentalidade materialista, também foi capturada pela doutrina espírita e usá-la implica em trazer dogmas espíritas para a prática da autociência e isso é prejudicial para o aluno.

Qual é o problema da espiritualidade?

O que você quer dizer quando diz “espiritualidade”? Qual é sua definição de espiritualidade? Esse é o problema da espiritualidade. Quem fala em espiritualidade não sabe do que está falando e quem escuta não sabe o que está ouvindo. Espiritualidade é fazer reiki? É ler livros espiritualistas? É acreditar em deus? É acreditar em espírito? É fazer caridade? É recitar mantras? É acender incenso? É rezar? É obedecer mandamentos? Espiritualidade não é nada disso. Espiritualidade é praticar autociência e produzir autoconhecimento. Só isso! Todo o resto é carnaval, festa, ritual e adereço, não é espiritualidade. Você pode se internar em um mosteiro e seguir rigorosamente os rituais e tradições dos monges, mas nada disso produzirá autoconhecimento, então, não é espiritualidade. Você pode acender mil incensos e recitar mil mantras, mas nada disso produzirá autoconhecimento, então, não é espiritualidade. Você pode fazer reiki no mundo inteiro, fluidificar os rios e os oceanos, mas nada disso produzirá autoconhecimento, então, não é espiritualidade. Você pode ler a biblioteca de Alexandria inteira, decorar todos os termos esotéricos, dar palestras sobre tudo que decorou, mas nada disso produzirá autoconhecimento, então, não é espiritualidade. Você pode fazer o ritual que for, pode se comportar dentro da mais alta etiqueta espiritualista, acreditar em deus, em espíritos, em extraterrestres, em energias, em física quântica, etc, mas nada disso produzirá autoconhecimento, então, não é espiritualidade.

Qual sentimento você teve após o despertar existencial?

Sentimento de perplexidade. É espantoso ver como o equívoco do materialismo é sutil e por isso muito difícil de despertar.

Quem se autorrealiza: eu-ser, eu-humano ou eu-fulano?

Quem se autorealiza é você-ser, através de você-humano, que resulta na realidade que você experimenta, que é você-fulano.

Saber e auto-observação são inatos?

Saber, sim, auto-observação, não. Vamos entender por quê. Consciência é um dos três aspectos da sua natureza existencial, você-ser é: presença, potência e consciência. Então, saber é inato. Aliás, é mais do que inato, é inerente, você-ser é saber. Mas esse saber inerente é apenas capacidade de saber, assim como visão é apenas capacidade de enxergar. Para enxergar não basta ter visão, você precisa desenvolver a competência em focar a visão nos objetos. O mesmo acontece com a auto-observação. Auto-observação é saber focado em você. Na outrociência, você foca sua capacidade de saber nos objetos externos, ou seja, nos outros: plantas, células, estrelas, etc. Com esse tipo de foco você desenvolve a competência da observação. Na autociencia, você foca sua capacidade de saber nos objetos internos, ou seja, em você: sua existencia, sua humanidade, sua mentalidade, etc. Com esse tipo de foco você desenvolve a competência da auto-observação. Tanto a observação como a auto-observação são competências. Nenhuma competência é inata. Toda competência é desenvolvida através da prática.

Se é ciência do óbvio, por que tanta dificuldade em perceber?

É óbvio que papai noel não existe, mas você passou a infância ignorando essa obviedade. E por que? Porque você não foi cientista e não investigou para comprovar. Você foi crente. Ficou apenas na crença. O mesmo acontece com o autoconhecimento. O ser humano não pratica autociência, fica apenas nas crenças também. Daí fica difícil mesmo. Aliás, fica impossível.

Se uma crença me faz bem, qual é o problema?

Nenhum. Mas se for uma crença equivocada, não tem como você viver bem. Por exemplo, se você acredita que os nenéns nascem dentro de melancias e são trazido aos pais pelas cegonhas, por mais que se sinta confortável com essa crenças, você não tem como viver bem com uma crença assim, pois essa crença não funciona na prática.

Sempre estou experimentando os três óbvios, inclusive na meditação? O que muda?

O que muda é o foco. Os três tipos de autoobservação são três focos diferentes.

Ser humano é uma doença que não tem cura?

Sua doença não é ser humano, sua doença é a ignorância de si. Você não consegue lidar bem com sua experiência humana porque você ignora o que é ser humano. Raiva, alegria, afeto, tristeza, mágoa, dúvida, desejo, repulsa, pensamento, tudo isso é natural, inevitável e saudável. Você briga com o natural porque acredita que é antinatural. Brigar contra o natural é burrice, é o mesmo que ficar brigando contra o funcionamento do Android do seu celular. Mas uma hora você percebe a burrice que está fazendo. Pode demorar o tempo que for, uma hora fica óbvio. Daí, nesse glorioso momento, você dá o primeiro passo para começar a viver bem. Ao invés de ficar brigando com sua natureza humana, você começa a observar, estudar e entender como lidar bem com ela.

Ser humano tem preguiça de pensar, mas não pensar é impossível. Como fica isso?

Tem dois tipos de pensar. Tem o pensar subconsciente, que é automático, tal como você está apontando. E tem o pensar intencional, que é pensar o pensamento. Pensar o pensamento é autoanálise. O ser humano tem preguiça de fazer autoanálise, ou seja, tem preguiça de pensar o pensamento.

Só é possível praticar autociência depois do ciclo de estudos?

Autociência é uma capacidade inata do ser humano. Só que capacidade não é sinônimo de competência. Por exemplo, todo ser humano tem capacidade de pensar, mas nem todo ser humano tem competência em pensar. Competência é capacidade desenvolvida. O ciclo de estudos EUreka visa ampliar sua competência em praticar autociência. Sem as explicações da 1ficina você demoraria muito tempo para se tornar competente em autoobservação e autoanálise. Terminado o ciclo de estudos EUreka, você tem o mínimo de explicação necessária para desenvolver sua competência. Cada passo do ciclo de estudos é para lhe oferecer o mínimo. Com o mínimo, você mesmo pode e deve chegar ao máximo.

Tem ordem para praticar autociência?

Não se constrói uma casa começando pelo telhado. O ideal seria praticar primeiro auto-observação existencial, depois psicológico e só por fim a pessoal. Só que tem o ideia de prática e tem o praticante na prática. Auto-observação existencial é muito simples. Tão simples, mas tão simples, que se torna difícil. Então, se você assumir o compromisso de praticar auto-observação pessoal, já está ótimo! Você irá progredir no autoconhecimento pessoal e se beneficiar de cada passo do seu avanço. É isso que acontece quando você faz qualquer tipo de psicoterapia.

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