Seu arbítrio é existencial, mas está humanizado. Pense em um jogo de videogame. O avatar tem arbítrio? Não! E por que não tem? Porque o controle do jogo está na mão do jogador e não na mão do avatar. Isso é fácil de entender porque existe uma distância espacial entre o jogador e o avatar. O jogador está sentado no sofá, o avatar está na tela da televisão, tem dois metros entre um e outro. Agora, aproxime o jogador do avatar até que desapareça a distância entre eles. Até que não exista mais separação entre um e outro. Sendo assim, quando o avatar chuta uma bola dentro do jogo, de quem foi o arbítrio: do jogador ou do avatar? O arbítrio foi do jogador, porque o arbítrio é sempre do jogador, mas sendo que não existe separação entre jogador e avatar, parece que é do avatar. Analogamente, o mesmo acontece na experiência humana, você-ser é o jogador, você ser humano fulano é o avatar.