O que você chama de vida é um jogo de videogame e sua realidade é uma experiência virtual dentro de você. Isso já está explicado. Só que toda realidade virtual é efeito de uma programação. Essas letras que você está lendo na tela do seu celular, por exemplo, não estão organizadas na tela por milagre. Tem um programa invisível instalado no seu celular, chamado Android, que está organizando tudo na tela do seu celular. Analogamente, tem um programa invisível instalado em você, chamado egogame, que está organizando essa realidade virtual que você está experimentando.
Existe um famoso debate filosófico que questiona se existe mesmo arbítrio frente ao determinismo mecânico da natureza. Esse debate só permanece por conta da mentalidade materialista que os seres humanos usam para pensar a vida, o ser humano e a natureza. Determinismo e arbítrio não são excludentes, são complementares. Todo jogo é um cardápio de opções predeterminadas e são essas opções predeterminadas que possibilitam o jogador jogar, ou seja, escolher. Caso contrário, seria impossível jogar, pois não existiriam opções para o jogador optar.
Pense em um jogo de videogame. O que um jogador faz quando está jogando um jogo de videogame? O que é cada clique que o jogador dá no controle do videogame? Cada clique é uma escolha, é uma decisão, é um arbítrio. Mas para que o jogador possa optar por aquela opção e não pelas outras, o que precisa existir? Precisa existir um cardápio de opções de jogadas predeterminadas. Subir ou descer? O jogador decide. Mas para decidir entre subir ou descer é preciso que existam as opções de subir e descer no cardápio do jogo.
Existem diversos jogos que se pode jogar com o mesmo baralho: truco, buraco, cacheta, pôquer, rouba monte, mico, etc. O que diferencia um jogo do outro se todos esses jogos são jogados com o mesmo baralho? O que diferencia é o cardápio de opções de cada um. Por exemplo, tem opções que você pode fazer no jogo de pôquer, mas não pode fazer no jogo de truco, porque não existe no cardápio de opções do jogo de truco e vice-versa.
E o que tem a ver determinismo com programação? Programação é o cardápio pré-determinado de possibilidades (opções) disponíveis para o jogador. Egogame é o jogo de ser humano, então, seu cardápio de opções é humano. Isso significa que tem coisas que você pode fazer, que são humanamente possíveis, e tem coisas que você não pode fazer, que são humanamente impossíveis. Só que você não sabe o que é possível e o que é impossível. E só tem um jeito de descobrir: tentando.
É aí que o ID, o ego e o superego vão entrar na brincadeira.