Cada gabarito que você recebeu do outro é como um programa de computador que diz que você TEM QUE SER isso, TEM QUE SER aquilo, etc. Se você é homem, por exemplo, você começou a chorar, daí sua mãe lhe disse: “Pare de chorar moleque, homem não chora!”. Sua mãe nem sabe o que fez, mas nesse momento te programou com o gabarito dela. E pior! Muito provavelmente nem era dela, era o gabarito da mãe dela. E nem era da sua avó, era da sua bisavó. E nem era da sua bisavó… Mas enfim, sua mãe te gabaritou que homem não chora, você introjetou esse gabarito, imitou, imitou, imitou, até virar um piloto automático. Por isso você quer chorar, precisa chorar, mas o piloto automático não deixa.