PARTICIPANTE: Eu achava que SIM PRA MIM tinha que agradar ao outro também.
Isso é um equívoco muito recorrente. Você quer se permitir viver de acordo com seu gabarito, mas não quer permitir que o outro fique chateado com você sendo você. Assim você continua preso no outroísmo, pois para evitar isso, ou você volta atrás e veste o gabarito do outro, ou então, fica brigando com o outro para aceitar você sendo você. Dois tiros no pé. Pois o outro tem liberdade de não aceitar sua liberdade. E você não precisa da aceitação do outro para se permitir viver de acordo com seu gabarito.
PARTICIPANTE: Mas o outro faz pressão, faz chantagem, etc.
Isso! A tentação do outroísmo não é pouca. Se fosse pouca todo mundo vivia autoísta. Se fosse pouca essa brincadeira era fácil e a sociedade não estava do jeito que está. Você vive de forma outroísta porque a pressão é tremenda. Castigo, punição, etc. Toda vez que você diz SIM, o outroísmo chicoteia você, dá porrada, põe você de castigo, te prende, difama, faz o diabo. E o desafio fica maior porque são as pessoas mais queridas que colocam seu SIM a prova. Sua família, seu pai, sua mãe, seu marido, seus filhos, etc.
PARTICIPANTE: Por isso a tendência é viver outroísta?
Exatamente. E quando o outro é autoísta, você dá porrada nele também. Você coloca ele de castigo, faz bico, fica de mal, deleta ele do seu Facebook, etc.