— Grato por ter me emprestado sua sabedoria — eu digo a Célia, lhe devolvendo a camiseta amarela.
Viajo a noite inteira e chego em São Paulo pela manhã. A primeira coisa que faço quando ligo a internet, depois de deletar mais de 100 emails, é procurar o telefone de um grupo de meditação que Fábio me contou. Encontro o telefone do grupo e ligo. Tem uma meditação marcada para quarta-feira, dia 06 de janeiro, perto de onde moro. Pergunto o que é necessário para participar e confirmo minha presença. Segundo Fábio, ao invés de música gravada, as meditações neste grupo acontece com uma banda tocando ao vivo, com violões, tambores e cantores. Parece muito interessante. Só o preço da entrada que não é tão interessante assim, mas nem me importo.
Do dia 03 ao dia 06 de janeiro, escrevo este livro até este capítulo. Quando é por volta de 8:30 pm, sigo rumo ao local da meditação. Está combinado que devo encontrar meu guia na porta. Ter um guia na primeira meditação é regra do grupo. Encontro meu guia conversando com uma moça que também está vindo pela primeira vez, Gabi. Ela está ansiosa e me enche de perguntas.
— Depois da meditação você vai dar risada das perguntas que está me fazendo agora. — eu digo a Gabi.
Entro na sala. A banda está ensaiando para folia de reis. As melodias são lindas. Meu lugar é bem em frente ao altar, na primeira fila. Entre eu e Gabi senta um outro novato, Anis.
Ouço alguém dizer que o ar condicionado está quebrado. O ambiente realmente está muito abafado. Estou vestido de shorts e uma camiseta branca. Na camiseta tem um logotipo [SIM] estampado, do meu trabalho em 2009, significa feliSIMdade.