Um homem muito culto precisava atravessar um rio. O único jeito de atravessar o rio era pegando uma balsa. Ele entrou na balsa e começou a conversar com o balseiro:
— Balseiro, você sabe matemática?
— Não sei não! — respondeu o balseiro.
— Ah, balseiro, você perdeu metade da sua vida! — exclamou o homem.
— Você sabe história romana?
— Não sei não! — respondeu o balseiro.
— Ah, balseiro, você perdeu metade da sua vida! — exclamou o homem.
— Balseiro, você sabe química?
— Não sei não! — respondeu o balseiro.
— Ah, balseiro, você perdeu metade da sua vida! — exclamou o homem.
— Balseiro, você sabe literatura portuguesa?
— Não sei não! — respondeu o balseiro.
— Ah, balseiro, você perdeu metade da sua vida! — exclamou o homem.
Então a balsa rachou e começou a encher de água. O balseiro perguntou:
— E o senhor sabe nadar?
— Não sei não! — respondeu o homem.
— Ah, então o senhor perdeu sua vida inteira! — exclamou o balseiro.
O barco afundando é o apocalipse, é o tira teima, é a hora de você avaliar se entendeu o que era fundamental entender com as experiências que teve: o que é ser humano. O homem culto é sua ignorância Phd, que sabe tudo de tudo, menos do que mais importa, saber de si. Por isso, o apocalipse é o fim da vida humana. O apocalipse deixa evidente se você sabe mesmo o que é ser humano, ou se você só tem cultura e teoria.