Você entra na brincadeira e começa a ser humano. Aliás, não entra, já está dentro. Sendo assim, eu te pergunto: ser humano é tão simples como você pensou que era?
PARTICIPANTE: De jeito nenhum, me enganaram!
Qual é a complexidade, se basta responder sim ou não?
PARTICIPANTE: Se eu soubesse o que é sim e não, era simples, só que não sei.
Exatamente! A brincadeira é simples, mas não é fácil. É simples porque basta responder sim ou não. Mas é difícil, pois para responder sim ou não é preciso autoconhecimento, e você chega na brincadeira sem nenhum autoconhecimento, zero, ignorante de tudo, até de que existe. Com autoconhecimento vai ficando mais fácil. A simplicidade de ser humano não muda nunca. O funcionamento da brincadeira é sempre o mesmo: responder sim ou não. Difícil é saber responder sim. Vamos entender melhor isso.
Você quer um morango?
PARTICIPANTE: Sim.
Você respondeu sim para o quê?
PARTICIPANTE: Para sua oferta. Aceitei o morango.
Ótimo! Quando te ofereço morango e você diz sim, você está dizendo sim para minha oferta de morango. Quando você aceita viver sendo você, você está dizendo sim para o quê?
PARTICIPANTE: Sim para mim, para o meu gabarito.
Exatamente. Viver autoísta é SIM PRA MIM. É quando você se permite viver sendo você. Sim pra mim: eu me permito ser eu, eu me permito viver sendo eu, eu me permito viver de acordo comigo. Responder “sim ou não” não é questão de pronunciar a palavra. Se não é uma questão de você falar verbalmente, de pronunciar, então, como é que você responde sim ou não?
PARTICIPANTE: Com o arbítrio.
Isso mesmo! Então, o que é o arbítrio?
PARTICIPANTE: Arbítrio é o jeito como respondo sim ou não.
Exato! Tem dois jeitos de você viver. E só dois:
SIM PRA MIM – Viver Autoísta – Quando você se permite ser você.
NÃO PRA MIM – Viver Outroísta – Quando você se obriga a ser outro.