Qual é a finalidade de criar histórias e viajar no tempo?
A finalidade é experimentar as histórias.
Qual é a finalidade de experimentar histórias?
Autoconhecimento.
Como assim?
Toda história é alguém conversando consigo mesmo, lembra?
Sim, lembro.
Cada um é o escritor da sua história.
Certo. E o que isto significa?
Que criar uma história é como se olhar no espelho, é você brincando de imagem e semelhança.
Certo. E o que isto significa?
Que sua história tem uma história para te contar.
Ah é? É qual é a história que minha história tem para me contar?
Só você pode saber, pois é você que está escrevendo sua história.
Mas você não pode dar uma dica?
Sendo que criar histórias é você brincando de imagem e semelhança, todas suas histórias tem apenas duas histórias básica para te contar.
Quais são estas duas histórias básicas?
Que você está EM imagem e semelhança ou que você está SEM imagem e semelhança.
Entendi. E o que acontece quando estou SEM imagem e semelhança.
Você cria uma história terapêutica (curativa) para si mesmo.
Como assim, história terapêutica?
Você cria uma história com todos os ingredientes necessário para que você possa tomar consciência do desajuste (doença) e assim efetuar o reajuste (cura). Durante uma história terapêutica tudo que você experimenta é um processo de cura. O que você chama de pai, mãe, marido, esposa, irmãos, filhos, família, etc, é processo de cura. O que você chama de sociedade, cultura, cidade, religião, profissão, economia, politica, comercio, governo, filosofia, etc, é processo de cura. O que você chama de comida, transito, conversa, trabalho, férias, ônibus, gripe, é processo de cura. Nada do que você experimenta durante uma história terapêutica tem outro propósito senão lhe servir como processo de cura. Talvez você nunca tenha considerado que esta história que você está experimentando seja uma história terapêutica.
Não, nunca pensei nisto.
Mas pode ser. Provavelmente é. E se for, quanto antes você tomar consciência disto, melhor uso você pode fazer da sua história terapêutica e se dar alta.
E como posso saber se estou numa história terapêutica?
Basta você observar a qualidade da sua história. Se for um mal viver, então sim, você está em estado de imagem sem semelhança e está numa história terapêutica. Se for um bem viver, então não, você está em estado de imagem e semelhança e numa história de autorealização.
Se esta for uma história terapêutica, qual é minha doença?
Se for, sua doença é a Doença do Equívoco.
Doença do Equívoco! Que equívoco?
O equivoco da igualdade.
Como assim?
Você acredita que somos todos iguais.
E não somos todos iguais?
Não. Cada um é único, ou seja, diferente de cada um.
E por que este equívoco é uma doença?
Ao acreditar neste equivoco você se nega o direito de criar sua própria história, única, diferente do outro. E também tenta negar ao outro o direto dele criar a história dele, única, diferente da sua.
Entendi. E como posso me curar desta doença?
Só existe uma medicina capaz de curar um equívoco.
Qual medicina?
Consciência.
Consciência? Só isto!
Sim! Com consciência tudo se resolve, sem consciência tudo se complica.
Me explica melhor isto.
Imagine que você é cego e tem um relógio, como ajustar as horas?
É bem complicado.
Exato! Sem consciência tudo se complica. Agora, imagine que você enxerga, mas se colocou num estado de cegueira fechando os olhos. Como ajustar as horas?
Basta eu abrir os olhos.
Com consciência tudo se resolve.
Entendi.
Só existe um jeito de resolver qualquer problema porque só existe um problema a ser resolvido.
Qual?
Ignorância.
Entendi.
Espero que sim. Agora vamos para o fim desta história.