Você descobre na infância que precisa controlar as coisas e cresce fazendo isso. Daí você vai descobrindo que você mesmo não é uma coisa, que você é um ser humano, um indivíduo, com vontade própria. Então, você começa a considerar que o mesmo deve ser com os outros seres humanos. Você começa a considerar que sua mãe não é uma coisa. Você pensa assim: “Se dói quando me tratam como coisa, então, deve doer no outro também”. Daí surge uma nova possibilidade de convivência. Qual?
INTERLOCUTOR: Convivência humana.
Vou usar outra palavra para expressar o oposto de imposição. Daí surge a possibilidade de cooperação. Daí surge a possibilidade de você conviver com o outro de fato, outro você, outro ser humano, outro indivíduo e não uma coisa que só existe para te satisfazer.
INTERLOCUTOR: Muda tudo, né?
Muda tudo sem mudar nada. Eis o poder do despertar da consciência.