Como funciona a Máquina do Tempo?
Funciona com a lei da causalidade.
Que lei é esta?
Passado cria presente.
Passado cria presente!!! Não é o contrário?
Não! O que está invertido e seu entendimento. Aliás, nem invertido, você ignora mesmo a causalidade.
Eu ignoro a lei da causalidade?
Você não se ignora como criador da sua história?
Sim, ignoro. Ou melhor, ignorava…
Então, você é a causa, sua história é a consequência. Não é sua história que está criando você, é você está criando sua história, lembra?
Sim. Estou começando a entender melhor.
Já era tempo!
Mais uma ironia do destino?
Sim, claro!
Mas como pode o passado criar o presente?
O que é isto que você chama de presente?
Chamo de presente esta realidade que estou experimentando agora.
Exato! E quem está criando esta realidade que você está experimentando agora?
Sou eu mesmo!
E como é que você está criando esta realidade que você está experimentando agora?
Fazendo uma opção.
E o que você faz primeiro, opta ou experimenta?
Primeiro opto, depois experimento.
Eis porque é o passado cria o presente. Se fosse ao contrário, você estaria lendo estas palavras antes de escrevê-las. Você escutaria uma musica antes de tocar as notas. Enfim, se fosse ao contrário, a consequência seria a criadora da causa. Mas não é assim que funciona, ou é? Você cria sua história e não o contrário. Optar é criar. É através do arbítrio que se cria histórias. Por exemplo, como foi que sua história chegou até aqui?
Não sei.
Foi através das suas opções. Toda história é uma somatória de opções.
Pode explicar melhor esta história de somatória?
Assim como uma reta é uma somatória de pontos, uma história é uma somatória de opções.
Então, sem opção não tem viagem no tempo?
Sem opção sua viagem no tempo seria como ir ao cinema e assistir uma fotografia. Mas sua história não é como uma fotografia, é?
Não, não é!
Só que sua história também não é como um filme.
Não?
Não! Filme é uma história passiva e inalterável.
Como assim?
Neste exato momento da sua história você está lendo este livro, não está?
Sim, estou.
Tem alguém lhe obrigando a ler?
Não, é opção minha.
O que acontece se você mudar de opção? Se parar de ler este livro e for fazer outra coisa?
Minha história se altera junto com minha opção.
Exato! Percebe isto? Sua opção altera sua viagem no tempo, altera sua história.
Sim, percebo.
Mas seu arbítrio não altera em nada um filme, altera?
É mesmo, não altera!
Sua viagem no tempo não é passiva e inalterável como num filme, onde você apenas assiste a história, sua viagem no tempo é ativa como num vídeo game, onde você opta e experimenta sua opção.
Entendi. Então, meu arbítrio é como o volante da Máquina do Tempo.
Ótima metáfora! Sejam histórias pessoais, sejam histórias coletivas, o arbítrio sempre é o volante da história. É através do arbítrio que se viaja no tempo.