Caminhar pelo próprio destino é caminhar por um caminho que não existe, mas que você faz existir. É pisar em um chão que não tem, mas que surge debaixo do seu pé quando você pisa em si. Uniformidade é caminhar pelo conhecido. A uniformidade te mostra o chão que você deve pisar. “Olhe que chão bonito! Pise aqui!” Você pisa. “Venha ser médico, pise aqui!” Você pisa. Caminhar pelo conhecido é mais fácil e cômodo. Você já sabe onde a rua vai dar. Viver o próprio destino é pular no desconhecido. “O que tem no fundo do desconhecido?” Pula e vê. “Não pulo não! Prefiro viver na uniformidade”. É uma opção. Faz parte da brincadeira. Mas quando você decide viver sendo você, quando decide pular no desconhecido, o que acontece é que você cai no seu colo. O que tem no fundo do desconhecido é você mesmo. Mais de você. Mais autoconhecimento. Pois tudo que você experimenta é sempre você.