“Eu não sinto prazer em ser eu”, você pode dizer. Isso acontece porque você não vive sendo você. Você vive sendo outro. Você vive sendo o que seus pais querem que você seja, o que sua sociedade quer que você seja, o que seus professores querem que você seja, o que seus amigos querem que você seja, o que seu marido quer que você seja, o que sua esposa quer que você seja, o que seus filhos querem que você seja, o que sua cultura quer que você seja, o que sua religião quer que você seja, o que os comerciais de televisão querem que você seja. Enfim, você vive sendo o que o outro quer que você seja. Você é você, único, ímpar, singular, diferente, mas você vive em uniformidade. É por isso que você não sente prazer em ser você. Você vive sendo cópia do outro, que vive sendo cópia do outro, que vive sendo cópia do outro e assim por diante. Quando você vive sendo você, originalmente você, singularmente você, inutilmente você, é inevitável sentir o inútil prazer de ser você, também conhecido como felicidade.