Para praticar autociência, é fundamental que você desperte para o observador que você é, caso contrário, jamais irá conseguir se autoobservar com eficiência. Ao invés de se observar, você ficará perdido e desesperado como um cego em um tiroteio, pois irá acreditar equivocadamente que você é sua imaginação, sua lembrança, seu pensamento, seu sentimento e sua emoção, sem perceber que você é o observador disso tudo.
Na prática da autoobservação, o observador é você mesmo e o observado também é você. Mas são dois, tem uma divisão. Não é uma divisão espacial, mas é uma divisão. O observador é o ser que você é, o observado é tudo que você está experimentando: imaginações, lembranças, pensamentos, sentimentos e emoções.
Sem a divisão observador-observado, você não consegue se aprofundar no seu objeto de estudo, porque não tem um observador para se aprofundar no objeto de estudo, só tem o objeto de estudo. Claro que sempre tem o observador, mas quando você se ignora como observador, sua atenção é carregada pelos objetos, você se perde na tempestade de imaginações, lembranças, pensamentos, sentimentos e emoções.