Sou professor de autociência. Ensino meus alunos a praticarem auto-observação e produzirem autoconhecimento. Todas as pessoas que me procuram, sem exceção, buscam a resposta para mesma pergunta, a mais antiga das perguntas humanas, a pergunta que não quer calar e jamais será calada: quem sou eu?
Suponho que esse seja seu caso também, caro leitor. Você quer saber quem é você. Você acredita que vive mal porque ignora quem é você. E acredita que quando descobrir vai ser feliz. Pois bem, eu tenho uma boa e uma má notícia para você.
A má notícia é que essa crença é um equívoco.
A boa notícia é que essa crença é um equívoco.
Não entendeu? Explico. Sua crença sobre autoconhecimento é um equívoco. Eu lhe garanto que é. Estou escrevendo esse livro para que você desperte desse equívoco. Porém, se esse equívoco é um equívoco de estimação, se passou a vida inteira cultivando esse equívoco, o que vou explicar nesse livro é má notícia. Mas se você não aguenta mais viver correndo atrás do próprio rabo, o que vou explicar nesse livro é boa notícia.
Autoconhecimento, no sentido de descobrir quem você é, é um equívoco. É o maior e mais recorrente equívoco entre os buscadores de autoconhecimento. E pior! É uma das principais fontes de sofrimento e mal viver entre os buscadores. Mas por que a busca pela resposta da pergunta “quem sou eu” é um equívoco?